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Há 38 anos que não se cancelava um GP

| Revista ACP

A ronda britânica de MotoGP marcou o final de uma sequência de quase quatro décadas sem cancelamento de GP’s.

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Duas semanas depois da visita do Campeonato do Mundo de MotoGP à Áustria, os olhos estavam postos em mais uma edição do Grande Prémio de Inglaterra no circuito de Silverstone, pista que após a ronda do ano passado recebeu novo asfalto. Contudo, o que acabou por ser ver foi o que ninguém queria: pela primeira vez desde o GP da Áustria de 1980, no Salzburging, uma prova do Campeonato do Mundo foi totalmente cancelada devido ao estado do tempo e à incapacidade do novo asfalto escoar a água.

Aquando da primeira visita ao circuito, as críticas foram muito positivas, com Cal Crutchlow a fazer um teste com uma moto um mês depois e a considerar o novo piso perfeito. Contudo, de março a julho algo se passou já que aquando da realização da Fórmula 1 ficou bem patente que o traçado estava repleto de ressaltos.

O que se passou para que tal tenha acontecido ainda não se sabe (vai proceder-se a uma investigação que deverá durar seis semanas), o que se sabe é que o circuito não apresentou capacidade para escoar a água que se foi concentrando na pista em resultado da chuva que se fez sentir.

O primeiro sinal de que as condições climatéricas teriam importante palavra a dizer na prova surgiu logo no sábado, ainda durante a quarta sessão de livres, interrompida por causa de um acidente que envolveu quatro pilotos na Curva 7 numa altura em que a chuva se começou a fazer sentir com mais intensidade. Depois disso a Direção de Prova decidiu proceder a alterações no programa, antecipando a corrida de MotoGP para as 11:30 e passando a Moto3 para as 13h00 e a Moto2 para as 14h30.

A verdade é que os receios de mau tempo acabaram mesmo por se confirmar e da pior forma possível. Às 11h20, já com cerca de duas horas de chuva, o início da prova de MotoGP foi atrasado, seguindo-se uma reunião entre os oficiais da IRTA, equipas de MotoGP e a Dorna pelas 12h30, na qual se ficou a saber que a realização do GP na segunda-feira era impossível. A partir daqui surgiram uma série de adiamentos e informações telegráficas até que se ficou a saber que, caso a chuva parasse pelas 16 horas, a corrida teria lugar às 16h30, cinco horas depois da hora revista.

Mas a chuva não cedeu e a pista não apresentou as condições de segurança necessárias, levando ao cancelamento total do Grande Prémio.

É certo que desde 1980 houve várias corridas canceladas por motivos diversos, mas desde essa altura que não se via um Grande Prémio ser totalmente cancelado sem que se realizasse uma única corrida de uma das várias categorias que compõem um fim-de-semana de corridas de MotoGP.

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