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Mulheres fora da grelha de partida

| Revista ACP

Fórmula 1 vai deixar de ter "grid girls". Promotor alega que era uma prática desajustada à atualidade. 

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As "grid girls" são por norma altas, de generosos contornos  e de grande efeito decorativo, tendo-se tornado numa das imagens de marca do grande circo que é a Fórmula 1, um desporto historicamente masculino. A sua função é estar ao lado do carro do piloto, a segurar uma bandeira ou um número e a piscar o olho para as câmaras de televisão que vão percorrendo a grelha de partida nos longos e ansiosos minutos que antecedem o arranque da prova. Mas isso vai agora acabar. A razão? "É uma prática que não está de acordo com as normas sociais atuais", explicou a Liberty Media, proprietária da Fórmula 1 desde 2016.

“Embora a prática de empregar mulheres bonitas tenha sido um elemento comum da Fórmula 1 durante décadas, acreditamos que não combina com os valores de nossa marca e está claramente em desacordo com as normas sociais atuais. Não acreditamos que a prática seja apropriada ou relevante para a Fórmula 1 e seus fãs, sejam os antogos ou os novos, em todo o mundo”, afirmou o diretor comercial de operações da Fórmula 1, Sean Bratches.

É uma das decisões mais importantes tomadas pela nova direção da Fórmula 1 e a medida vai entrar em vigor no primeiro Grande Prémio da temporada, no último fim de semana de março, em Melbourne.

A eliminação das "grid girls" da Fórmula 1 segue o exemplo de outros desportos, como o ciclismo, em que algumas competições já tomaram decisões semelhantes. O Tour Down Under, na Austrália, foi a primeira corrida a dar esse passo, no início do ano passado.

A Volta a Catalunya seguiu o mesmo caminho e pouco depois a Vuelta a España limitou e alterou o papel das mulheres contratadas para figurar no pódio, agora com outro protocolo, que não inclui, por exemplo, o beijo aos vencedores. O Giro e o Tour ainda não acabaram com essa tradição.

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