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Descanso chega a um Dakar ao rubro

| Revista ACP

Seis dias depois do prólogo e cinco após a primeira etapa, o pelotão do Dakar descansa, recupera forças e recupera máquinas em Ha Il.

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Já se passaram seis dias após a realização do prólogo e cinco sobre a primeira etapa deste Dakar de 2021, com pilotos e máquinas a terem já percorrido 4.156 km, 2.389 dos quais contra o cronómetro. Mas olhando ao estado das classificações gerais, principalmente das motos e dos carros, mais parece que só foram disputadas algumas centenas de quilómetros cronometrados, dada a reduzida margem entre os primeiros.

Uma margem que atesta bem o quão disputada está a ser esta edição do Dakar, a segunda totalmente disputada na Arábia Saudita.

Entre os carros, a liderança está a cargo do “Senhor Dakar”. Stéphane Peterhansel (Mini), que conta com um impressionante registo de 13 vitórias, sete delas nas quatro rodas, chegou ao tão desejado dia de descanso em primeiro, posição que assumiu logo ao segundo dia de competição.

O francês tem apostado numa prova muito estratégica; ainda não ganhou uma única etapa, mas o seu pior resultado foi o 4º lugar na sexta etapa. Uma regularidade que o deixa com 10m58s de vantagem sobre o rival Nasser Al-Attiyah (Toyota) e que atesta bem que ainda não está garantido para o piloto da Mini. Pelo contrário. O qatari é já o piloto com mais vitórias em especiais este ano, com três, e, como sempre, está de olhos postos no quarto triunfo absoluto no Dakar.

Enquanto isso, o Campeão em título Carlos Sainz (Mini) começou com o pé direito ao vencer a primeira especial e assumir a liderança da prova, mas tropeçou num erro de navegação na 3ª etapa que o fez perder muito tempo. Ainda assim, e com metade da prova pela frente, o espanhol está a 14m42s do colega de equipa. Tal como Nasser, um atraso muito curto e passível de ser recuperado até final... basta um furo ou um erro para Peterhansel ver os rivais passarem-lhe à frente.

Já para os portugueses a prova não está a ser fácil. Paulo Fiuza, navegador de Vaidotas Zala, desistiu logo na 2ª etapa, enquanto Filipe Palmeiro, navegador de Benediktas Vanagas é o melhor em 11º. Mais atrás, em 24º, surge Ricardo Porém, enquanto José Marques, navegador de Gintas Petrus, ocupa a 35ª posição.

Enquanto isso, nas motos, o panorama está ainda mais disputado, com os três primeiros separados por menos de 10 minutos no que tem sido uma luta muito interessante entre Honda e KTM, na qual a Husqvarna também se tem intrometido.

Na frente do pelotão depois de três vitórias em especiais está Joan Barreda. Ainda em busca do primeiro triunfo absoluto na prova, o espanhol tem estado em muito bom plano com a Honda, mas conta apenas com 5m41s de margem sobre Ross Branch. O piloto da Yamaha tem levado a cabo prova relativamente regular, apesar de um 15º e um 19º posto.

Atrás dele surge José Ignácio Florimo, a 8m12s da frente, também ele com uma prestação regular desde o primeiro dia.

Mas para encontrar os outros protagonistas da prova é preciso descer um pouco mais na classificação. Em quarto está Xavier de Soultrait (Husqvarna), que já passou pela liderança após a 4º especial e está agora a 13m15s de Barreda. Skyler Howes (KTM), que foi o líder surpresa após a 3ª etapa, está agora em 14º, a 26m20s, enquanto Toby Price (KTM), o primeiro líder e vencedor já de duas especiais, não está a ter um Dakar fácil e roda em 10º, a 18h24s. Quem ainda não deu ares da sua graça é Ricky Brabec. O norte-americano da Honda e Campeão em título ainda nem sequer logrou vencer uma etapa.

Já no que toca aos portugueses, os olhos têm estados todos em Joaquim Rodrigues, de regresso à prova após o choque de ver o cunhado Paulo Gonçalves morrer no deserto no ano passado. De novo com a Hero o piloto é o melhor português, já assinou um 6º e um 8º lugares em especiais e ocupa a 17ª posição da geral, a 49m43s. Sebastian Bühler, Campeão do Mundo de Bajas e colega de equipa de Rodrigues, é 21º, enquanto Rui Gonçalves é 28º.

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