FPAK quer decisões urgentes nos ralis

| Revista ACP

A incerteza domina todos os campeonatos deste ano. Ni Amorim quer definir já 2021

Ni-Amorim-840

Este ano, só se irão realizar as provas que forem possíveis, consoante a marcha da pandemia. Para a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) é urgente olhar com muita seriedade para o próximo ano, defendendo que o Campeonato de Portugal de Ralis deve ser redimensionado e garantidos os apoios para clubes organizadores, equipas e pilotos. Esta crise obrigou a repensar estratégias, sobretudo ao nível dos patrocínios. Se os apoios já não eram fáceis, para a próxima época a dificuldade em arranjar patrocínios, será bem mais séria.

Para Ni Amorim, presidente da FPAK, a prioridade é definir 2021 e encontrar uma estratégia para este ano: “Temos de pensar como irá ser o próximo ano e pensar nos patrocinadores, marcas e pilotos. Para além disso, vamos tentar ainda salvar 2020. Ainda não sabemos para quando a retoma em relação a esta crise, mas teremos de encontrar a estratégia correta para encurtar os calendários. Estou de acordo que o número de provas em terra deverá ser igual às de asfalto, mas só na altura se poderá definir qual o figurino, de acordo com os clubes organizadores, equipas e pilotos”. Ni Amorim acha também que as provas FIA são prioritárias, como o Vodafone Rally de Portugal, Rali dos Açores e Rali da Madeira. Resta agora saber quanto tempo haverá este ano para conciliar calendários.

Uma visão mais otimista do que a de Sérgio Ribeiro, CEO da Hyundai e responsável pelo Team Hyundai Portugal, que está envolvido nos campeonatos de Portugal e Europeu de ralis com Bruno Magalhães, para quem este vai ser um ano muito difícil. “Vamos tentar adiar ao máximo as decisões mais radicais e perceber qual o formato ideal para os dois calendários. Vai ser seguramente impossível compatibilizar os dois campeonatos, pois primeiro há que tentar perceber o que vai acontecer com esta crise que atravessamos. A prioridade será seguramente o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), em respeito ao público português, concorrentes, equipas e apoio à FPAK, sem esquecer os investimentos de todos”.

Para Sérgio Ribeiro, o formato de 6 provas em 2020 (3 de asfalto e 3 em terra) poderá ainda ser possível, desde que o CPR termine até meados de novembro, garantindo o devido retorno para as marcas e patrocinadores. Mas mais importante será o campeonato do próximo ano: “Não podemos hipotecar o campeonato de 2021, pois vão surgir fortes cortes em termos económicos. Temos de definir desde já o seu formato, e é fundamental que não tenha mais de oito provas. Queremos um campeonato justo, e disputado por todos os concorrentes”.

scroll up