Oito vezes Campeão de Portugal de Todo Terreno, a última vez em 2020, Miguel Barbosa já participou na prova maratona e acompanhou a edição do ano passado do Dakar na Arábia Saudita. Conhecedor das dificuldades de navegação e das armadilhas do terreno, o piloto aponta favoritismo a quem já está nos lugares da frente. Mas o mais importante de tudo é que a prova se esteja a disputar em tempos de pandemia.

“O ponto mais importante é que o Dakar se esteja a realizar, após um ano tão complicado e com tantas dúvidas, o que é desde já uma vitória. Este 3º capítulo do Dakar na Arábia Saudita, e tive a oportunidade de lá estar no ano passado, é sem dúvida o exemplo de um excelente anfitrião, pois existem todas as condições logísticas e financeiras, para além de excelentes pistas, para aquela que é a melhor corrida de todo terreno do mundo. Sempre disse que o Dakar são os Jogos Olímpicos do TT, onde estão presentes os melhores pilotos e as melhores equipas, vindas de todo o mundo”.

Em relação à edição deste ano do Dakar, Miguel Barbosa não tem grandes dúvidas em relação ao lote de favoritos.

“Este ano é mais uma grande batalha, com três pilotos em evidência. Stéphane Peterhansel, Carlos Sainz e Nasser Al-Attiyah, são pilotos fora do comum e com um ritmo alucinante, o que faz toda a diferença. Em zonas mais complicadas com muitas dunas e areia, o Nasser poderá até ter mais vantagem. Estes três estão seguramente noutra liga. É agradável ver a Mini e a Toyota ao ataque, mas também apreciar os mais jovens, como o Henk Lategan, o jovem campeão de TT sul-africano, a dar o seu contributo para a Toyota, e mostrar que irá ser um osso duro de roer no futuro, o que são boas notícias para enriquecer o lote de pilotos. Para além deles, há sempre os outsiders que podem causar surpresas, sem esquecer o Sébastien Loeb, um piloto para discutir sempre a vitória. Acho que vamos ter Dakar até ao fim”, concluiu Miguel Barbosa, o Campeão de Portugal de Todo Terreno.