Williams pode vir a mudar de mãos

| Revista ACP

Maus resultados dos últimos anos e Covid-19 podem levar a Williams a vender uma quota minoritária, ou mudar mesmo de mãos.

Williams

As repercussões da crise provocada pelo #Coronavírus no desporto automóvel continuam a fazer-se sentir. A mais recente vítima é a Williams. Criada na década de 1960 por Sir Frank Williams, a formação britânica tem atravessado um mau bocado nos últimos anos com escassez de resultados de monta e o último título mundial de Fórmula 1 a remontar a 1997.

Prova de todas estas dificuldades foram os resultados de 2019 apresentados recentemente e que dão conta de perdas de 14,450 milhões de euros, o que compara com ganhos de 17,785 milhões de euros no ano anterior.

A tudo isto junta-se ainda a perda de patrocínios e a mais recente crise provocada pela pandemia global da #Covid19, que parecem ter sido o “coup de grâce” da formação.

“A época de 2020 da Fórmula 1 foi claramente afetada pela pandemia da Covid-19 e isso vai ter um impacto nos nossos direitos comerciais este ano. A equipa também comunicou oficialmente o fim da relação com o seu parceiro principal, a ROKiT, e o importante patrocinador, ROK Drinks,” lê-se no comunicado da formação.

Isto levou também a própria Williams a informar que está a estudar vários cenários, incluindo a mudança de mãos da totalidade do seu capital.

“Como parte da sua nova direção estratégica a WGPH [Williams Grand Prix Holdings] está a rever as várias opções estratégicas que tem ao dispor para a Empresa,” lia-se numa declaração da Williams.

“As opções em analise incluem, mas não se limitam, à entrada de novo capital através da venda de uma quota minoritária, ou maioritária da WGPH, ou até mesmo a venda de toda a empresa.”

O momento é ainda de grande incerteza, sendo que a única coisa que é dada como garantida é a vontade de continuar a fazer parte da Fórmula 1, ainda para mais quando as novas regras da categoria rainha entram em vigor em 2021.

Seja como for, para já a equipa “não está recetiva a ofertas”, optando antes por levar a cabo “discussões preliminares com um pequeno número de entidades com vista a um potencial investimento na empresa.”

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