Passeio dos Ingleses reuniu mais de 250 clássicos

| Revista ACP

A 18ª edição do maior passeio europeu de clássicos ingleses voltou a ter partida de Lisboa e Porto.

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A diversidade de modelos britânicos voltou a marcar o Passeio de Clássicos Ingleses 2022, organizado pelo ACP Clássicos. Tanto em Lisboa como no Porto, estiveram concentrados 256 exemplares, que representam o melhor da indústria automóvel inglesa, através de mais de 20 marcas, com destaque, para a Bentley, Jaguar/Daimler, MG e Triumph, mas também da Rolls-Royce, Aston Martin, Lotus, Morgan, Austin-Healey e TVR, entre outras.

A sul, os 175 participantes concentraram-se no Parque Eduardo VII, em Lisboa, para de seguida enfrentarem um percurso de cerca de 170 quilómetros que terminou à hora de almoço no distrito de Leiria, em Ortigosa, na Quinta do Paúl. Pelo meio, fez-se a divisão por dois percursos distintos, com o “Grupo Desportivo” rumou ao Kartódromo de Fátima, para pôr à prova a rapidez dos bólides ingleses numa simbólica complementar de regularidade, com o Grupo “Turístico” a dirigir-se à vila de Óbidos, num passeio de caráter mais lúdico. Consulte a galeria de imagens do passeio a sul.

A norte, a concentração dos participantes aconteceu na Avenida D. Carlos I, junto ao Passeio Alegre. Um encontro que juntou 81 exemplares que representaram 13 marcas, com a MG e a Jaguar a serem responsáveis por mais de metade do pelotão. Já na estrada, a caminho do almoço na Casa de Vila Verde, em Caíde de Rei, Lousada, os participantes dividiram-se, também, entre o “Grupo Desportivo” e o “Grupo Turístico”, com os primeiros a levarem os seus clássicos e contemporâneos ingleses a uma acelerada visita ao Kartódromo de Fafe e os segundos a optarem por por um ritmo mais de passeio até ao Mosteiro Pombeiro, em Felgueiras. Consulte a galeria de imagens do passeio no norte.

Uma jornada memorável, conforme destaca Luís Cunha, Secretário-Geral do ACP Clássicos: “A 18ª edição do ‘Passeio dos Ingleses’ voltou a traduzir-se num excelente convívio, onde os aficionados dos automóveis ingleses voltaram a reencontrar-se e a retomar a sensação de ‘normalidade’ pós-pandemia, com um pretexto muito válido para todos: a paixão pelos automóveis ingleses. O balanço é muito positivo, não só pela adesão, como pela forma como tudo decorreu em Lisboa e no Porto, pelo que só podemos estar satisfeitos, confirmando que a aposta que fizemos há 18 anos, ao enveredarmos por um passeio não-monomarca, foi, e continua a ser, uma receita de sucesso”.

Experiências, vivências e “estórias”

Mais do que uma concentração de automóveis de inquestionável valor histórico e até económico, são as experiências, vivências e “estórias” de cada automóvel presente que, todos os anos, fazem do Passeio dos Ingleses um momento verdadeiramente especial e único, para quem o vive por dentro, mas também para o muito público que apreciou este evento, durante as concentrações do participantes como nas partidas e ao longo dos percursos estabelecidos.

“Estórias” dentro da história, como a do Bentley T1 Coupe Sport que outrora acompanhou toda a vida do empresário António Champalimaud (que sempre o considerou o seu melhor investimento face à sua durabilidade) e que, agora, marcou presença com o seu atual proprietário, ou do Bentley MK6 de 1947, com a primeira carroçaria que a marca britânica produziu em fábrica e que José Carlos Barquinha (seu proprietário há mais de 25 anos) levou à concentração do Porto. Dois dos muitos exemplos que tornaram a edição 2022 do Passeio dos Ingleses também histórica.

E se a Bentley, marca patrocinadora do evento, foi pródiga a proporcionar emoções, modelos e “estórias” de outros construtores também se fizeram “ouvir” e “sentir”. Que dizer, por exemplo, do único Triumph Mayflower de 1951 comercializado em Portugal (dos dois únicos existentes no nosso País), ainda no seu cinzento original, que Rui Marques estreou no evento do Porto, ou do Austin 1800 MK2 S, de 1971, que António Santos admite ser o único exemplar ‘vivo’ dos seis que chegaram a Portugal e que levou mais de seis anos a restaurar.

Para a história desta 18ª edição, também ficam as emoções familiares, com diversas gerações a partilharem o mesmo gosto pelos automóveis britânicos. “Estórias” de pais e filhos, como a do colecionador e empresário, Aquiles de Brito, que se fez munir do Jaguar E-Type 3.8 com que o seu pai, Achilles de Brito (fundador da centenária empresa de sabonetes Ach. Brito), chegou a vencer o Circuito de Montes Claros, enriqueceram o espólio deste Passeio dos Ingleses.

Veja o vídeo completo desta edição.

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