500 Milhas ACP desfilaram pela maior estrada da Europa

| Revista ACP

Uma das mais importantes provas de Regularidade histórica na Península Ibérica levou 65 equipas a percorrer a Nacional 2.

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Todos os anos, as 500 Milhas ACP são um desafio para largas dezenas de equipas, aos comandos de automóveis produzidos entre as décadas de 50 e 70 do século passado. Na edição deste ano estiveram em prova 65 exemplares clássicos, numa maratona que atravessou Portugal continental de sul para norte, num percurso pela Estrada Nacional 2 que totalizou 740 quilómetros.

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As equipas partiram de Faro num périplo que passou por Ferreira do Alentejo, Mora, Abrantes, Sertã, Tondela, Lamego e Santa Marta de Penaguião. Pelo meio, a caravana fez uma paragem em Constância, no distrito de Santarém, onde máquinas e pilotos puderam recuperar energias para a segunda metade da maratona. Durante a tarde, a caravana parou na cénica Barragem da Aguieira, que antecedeu a última secção, com os 218 quilómetros finais, rumo a Chaves.

As 500 Milhas ACP voltaram a reunir uma caravana de belas máquinas que atraíram as atenções por onde passaram, como um Bond Equipe GT, exemplar construído em 1971 por um pequeno fabricante inglês. Além de vários modelos históricos da Porsche, Jaguar, Mercedes-Benz ou Alfa Romeo, também se destacaram três Alpine A110, um raro AC Aceca de 1960, um Fiat 600 Derivazione Abarth 750 (de 1959), ou um Austin Healey de 1954, o carro mais antigo em competição.

Até ao último quilómetro houve emoção por parte dos concorrentes com Sancho Ramalho e António Caldeira a venceram a categoria G ao volante de um Alfa Romeo 2000 GTV. Na categoria F, Pedro Manso Pires e Luís Caetano (Austin Mini Cooper S) receberam em Chaves o troféu do primeiro lugar. Já a categoria E, reservada aos automóveis mais antigos, o triunfo foi para Pedro Carregosa e Ekta Sureschandre.

Para Luís Cunha, secretário-geral do ACP Clássicos, a competitividade da prova e a resistência de máquinas e pilotos foram os grandes destaques desta 18.ª edição das 500 Milhas ACP: "Continuamos, felizmente, a ter uma parte significativa do nosso pelotão composto por automóveis dos anos 50 e 60, mas vemos também automóveis cada vez mais bem preparados e equipas com um grande nível desportivo. Foram registadas pouquíssimas falhas mecânicas, o que é de realçar num percurso de 740 quilómetros realizados num único dia. Atravessar a Estrada Nacional 2 é sempre um desafio especial, pela diversidade de paisagens e pelo apelo da condução”.

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