Maria Teresa de Filippis, foi primeira mulher a estrear-se na disciplina máxima do desporto automóvel ao pilotar um carro de Fórmula 1. Disputou três Grandes Prémios, em 1958, incluindo um no Porto, no Circuito da Boavista, ano em que Portugal recebeu pela primeira vez aquela competição.
Sempre ao volante de um Maserati 250F, o melhor resultado que alcançou foi um 10º lugar e último lugar, em Spa-Francorchamps, na Bélgica, em 1958. Ainda no mesmo ano, foi impedida de disputar o GP da França, ocasião em que o diretor de prova, Toto Roche, disse que "uma jovem tão bonita como aquela não deveria usar nenhum capacete a não ser o secador do cabeleireiro". Mesmo desapontada, não desistiu de continuar no automobilismo, mas um acidente com um amigo, piloto e chefe da sua equipa, John Behra, fê-la abandonar as pistas no ano seguinte, apenas com 23 anos de idade.
O seu envolvimento no desporto automóvel surgiu de uma aposta com os seus dois irmãos em que estes duvidavam que conseguisse ser rápida ao volante. Mas a futura piloto provou-lhes o contrário ao conduzir um Fiat 500 vencendo a sua primeira corrida num curto percurso de 10 km entre Salerno e Cava de Tirreni.
Depois da sua meteórica passagem pela competição, Maria Teresa de Filippis tomou outros rumos, mas manteve-se sempre ligada ao automobilismo. Casou-se em 1959 e teve um filho no ano seguinte. Foi presidente honorária do GPDC, um clube de antigo pilotos de F1 fundado em 1962 pelo francês Louis Chiron e pelo argentino Juan Manuel Fangio, cinco vezes campeão. Faleceu a 9 de janeiro de 2016. Tinha 89 anos.