O essencial sobre o cancro da próstata

Causas, sintomas, fatores de risco e tratamento

Na Europa é diagnosticado um novo caso de cancro da próstata a cada três minutos. Em Portugal são diagnosticados por ano, entre 5 mil e 6 mil novos casos, sendo o segundo tipo de carcinoma mais comum no país, de acordo com o Global Cancer Observatory. A incidência do cancro da próstata tem vindo a aumentar de ano para ano. Mas este aumento pode não significar que haja, realmente, uma frequência maior deste carcinoma. Pode dever-se ao facto de haver um maior número de diagnósticos, pela procura cada vez maior de despistes da doença. Uma ação essencial, dado o cancro da próstata ser, numa fase inicial, assintomático. Por isso, é importante ter um plano de saúde que lhe permita marcar exames e consultas a preços reduzidos.

Fique a saber mais sobre um dos tipos de cancro mais comum em todo mundo que, em 2020, foi diagnosticado em 1.414,259 de homens em todo o mundo.

O que é a próstata?

Para perceber o que é o cancro da próstata, importa saber o que é a próstata. Trata-se de uma glândula exclusivamente masculina, situada abaixo da bexiga, que envolve o canal por onde passa a urina em direção ao exterior (a uretra). É também na próstata que é produzido parte do fluido seminal que, durante a ejaculação, ajuda a transportar os espermatozóides para o exterior.

As hormonas masculinas, os androgénios, fazem crescer a próstata. Quando o crescimento de células prostáticas benignas se torna anormal, dá-se a hiperplasia benigna da próstata (HBP). A próstata aumenta então de volume, exercendo pressão contra a uretra e a bexiga. Como resultado, o fluxo normal de urina é afetado. Contudo, esta dilatação da próstata não é causada pelo cancro. A HBP desenvolve-se, sobretudo, numa área designada por zona de transição, ao redor da uretra. No caso dos tumores malignos desta glândula, é a zona periférica que costuma ser afetada.

Causas do cancro da próstata

O cancro da próstata surge quando as células desta glândula não morrem ao envelhecerem ou danificam-se e produzem outras não necessárias, de forma descontrolada. Grande parte dos casos de cancro da próstata é do tipo adenocarcinoma - um tumor cujas células têm origem nas glândulas que constituem a próstata. Contudo, ainda que seja raro (menos de 1% dos casos), pode tratar-se de outro tipo de tumor: um carcinoma de pequenas células ou um sarcoma.

Principais sintomas

Na sua fase inicial, o cancro da próstata é silencioso. Ou seja, não apresenta quaisquer sintomas. Só mediante um exame de diagnóstico (como o toque rectal ou a análise do PSA — antígeno específico da próstata) se torna possível identificar o tumor, antes mesmo de qualquer sintoma. Daí a importância de ter um plano de saúde que permita efetuar regularmente exames e consultas de rotina a preços reduzidos.

Quando os sintomas começam a surgir, regra geral, o cancro da próstata já se encontra numa fase avançada. Mas alguns destes sintomas podem ser confundidos com os da HBP ou outra doença do aparelho urinário. Neste sentido, é essencial que sejam feitos exames, de modo a esclarecer a origem das queixas. Os sintomas do cancro da próstata verificam-se a nível urinário, podendo ser de enchimento, esvaziamento ou pós-miccionais:

SINTOMAS DE ESVAZIAMENTO:

  • Diminuição da força e dimensão do jacto
  • Atraso no início da micção
  • Micção prolongada
  • Jacto interrompido
  • Necessidade de contração abdominal para urinar
  • Retenção urinária
  • Incontinência

SINTOMAS DE ENCHIMENTO:

  • Necessidade súbita de urinar
  • Aumento da frequência das micções
  • Aumento do número de micções durante a noite
  • Incontinência
  • Dor no baixo ventre

SINTOMAS PÓS-MICCIONAIS:

  • Sensação de esvaziamento incompleto
  • Gotejo terminal

Nalguns casos, pode ainda surgir sangue na urina e disfunção erétil (ainda que este último seja raro). Porém, caso o cancro da próstata se encontre mais avançado, os sintomas são mais gerais, como:

  • Dores ósseas
  • Edemas nos membros inferiores
  • Astenia
  • Emagrecimento
  • Cansaço

Fatores de risco

Existem fatores de risco associados ao cancro da próstata. Alguns relacionados com o estilo de vida, outros relativos à genética e sobre os quais nada pode ser feito:

  • Idade

Quanto mais avançada for a idade, maior o risco de cancro da próstata. Ainda que possa também surgir em homens mais jovens, é mais frequente acima dos 65 anos. Estima-se que aos 80 anos, mais de 80 % dos homens sofra deste tumor.

  • História familiar

O risco de se vir a desenvolver cancro da próstata aumenta duas vezes quando já existe um familiar em primeiro grau com esta doença. O cancro da próstata é de origem hereditária em 9 % dos doentes.

  • Etnia

As causas não são claras, mas concluiu-se que este cancro é mais frequente em homens afrodescendentes.

  • Presença de testosterona

A causa de degenerescência e multiplicação das células da próstata é a testosterona, a hormona masculina.

  • Alimentação

Uma dieta rica em gorduras (sobretudo saturadas), com elevado teor proteico e com um consumo excessivo de carne, contribui para aumentar o risco de cancro da próstata.

  • Álcool

O consumo excessivo de álcool contribui para a maior probabilidade de se vir a ter de desenvolvimento de cancro da próstata.

  • Raios ultravioleta

A exposição excessiva aos raios ultravioleta tem sido discutida como um fator importante na causa do cancro da próstata não hereditário.

Que tratamentos existem?

Em Portugal, estima-se que morram cerca de 1800 homens/ano de cancro da próstata. Mas o diagnóstico deste carcinoma não tem de ser fatal. Os tratamentos são, na maioria dos casos, eficazes. Porém, importa relembrar que um diagnóstico precoce é um grande aliado para que o tratamento seja eficiente. Este varia consoante a fase da doença. Se numa fase localizada, o objetivo é eliminar a doença, em fases mais avançadas, o objetivo é impedir que haja uma progressão, ao mesmo tempo que se aliviam os sintomas. Tratamentos utilizados:

EM DOENÇA LOCALIZADA

  • Prostatectomia radical, através de cirurgia “aberta”, laparoscopia ou robótica
  • Braquiterapia, uma espécie de radioterapia “interna”
  • Radioterapia externa

EM DOENÇA LOCALMENTE AVANÇADA

  • Cirurgia
  • Braquiterapia associada a radioterapia externa
  • Braquiterapia associada a hormonoterapia antes ou depois da braquiterapia
  • Braquiterapia com hormonoterapia associada a radioterapia externa
  • Radioterapia externa
  • Radioterapia externa associada a hormonoterapia antes ou depois da radioterapia externa
  • Terapêutica hormonal isolada

Prevenir é o melhor remédio

Quanto mais cedo o diagnóstico do cancro da próstata, maior a possibilidade de sucesso. Mas este tumor é, na sua fase inicial, silencioso, sendo apenas detetado em exames de rotina. A pensar na saúde e bem-estar dos sócios, o ACP oferece um plano de saúde, com acesso aos melhores cuidados de saúde em todo o país, incluindo consultas e exames a preços reduzidos em clínicas e hospitais privados.

E como o risco de cancro da próstata é elevado, o clube criou o Seguro Apoio no Cancro. Um seguro que proporciona apoio em caso de doença oncológica que atua em três momentos: apoio na prevenção, disponibilização de proteção financeira reforçada e acompanhamento pós diagnóstico.

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O conteúdo deste artigo tem caráter informativo e não dispensa a consulta do seu médico.
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