Poupança, Longevidade e Sustentabilidade são 3 termos cada vez mais presentes.
Poupança
Comecemos pela poupança e pelas boas notícias. De acordo com o relatório de literacia financeira, a maioria dos entrevistados evidencia “hábitos adequados de planeamento do orçamento familiar e da poupança, ao mesmo tempo que demonstram pouca tendência para compras por impulso e para comportamentos associados a situações de incumprimento”.
Existe uma preocupação pelo planeamento e controlo do orçamento familiar (80%). O relatório revela também uma maior proatividade na poupança, com principal incidência nos depósitos a prazo e contas à ordem - 33% e 58% respetivamente.
Outra notícia positiva é que a digitalização tem permitido um o acesso a um maior leque de produtos financeiros, e de forma mais facilitada. Contudo, resulta do relatório que o indicador global de literacia financeira baixou e que é importante promover a comparação de alternativas antes da escolha do produto. O ACP pretende colaborar nessa análise, promovendo a poupança e escolhas apropriadas para os seus sócios na área de produtos de poupança ligados a seguros vida. Esta decisão faz ainda mais sentido quando deste mesmo relatório, 90% dos entrevistados sabem o que são seguros e 40% detêm efetivamente seguros enquanto produto financeiro.
Longevidade
De acordo com dados partilhados pela Comissão Europeia, até 2070 prevê-se que 30% da população terá 65 anos ou mais, e que 13% terá 80 anos ou mais. Para ambos os intervalos, estes números aumentaram cerca de 10 pontos percentuais e 7 pontos percentuais desde 2019. O aumento da esperança de vida é uma tendência real e deve ser pensada antecipadamente também do ponto de vista financeiro.
Alguns motivos para pensar na longevidade ao nível da poupança são:
- Segurança financeira
- Salvaguarda de despesas correntes
- Vantagem fiscal
- Estabilidade emocional
- Condições de vida (hábitos de consumo por exemplo)
- Aproveitar oportunidades (investimento, hobbies)
A questão da longevidade não pode estar dissociada da poupança de longo prazo. Razão pela qual a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões promoveu um estudo sobre a poupança em Portugal. Em setembro 2022, a entidade realizou uma conferência abordando a importância da longevidade na poupança para a reforma. Tema que voltou a abordar em novembro de 2022 na sua conferência anual.
Sustentabilidade
Com o aumento da longevidade e decréscimo dos níveis de natalidade, o número de pessoas ativas diminui. Isso cria problemas nas despesas públicas relacionadas com o envelhecimento da população, nomeadamente no sistema de pensões. De acordo com um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, prevê-se um aumento de 22% no número de pensionistas entre 2020 e 2045, com um peso no total da população correspondente a 35% (comparativamente com os 26% em 2020). Na análise dos dados históricos, este incremento também é notório. Por exemplo, entre 2000 e 2020 o número de pensionistas aumentou 24%. Por contraponto, no mesmo período, o número de população ativa diminuiu 4%. Com base nesta evolução demográfica e no sistema de contribuições existente é expectável que em 2040, e de acordo com um estudo da Comissão Europeia, os pensionistas em Portugal recebam apenas 54,5% do seu salário. Este valor baixa para 41,4% em 2070.
Adicionalmente a estes estudos, importa referir que no relatório de literacia financeira anteriormente referido, “a generalidade dos entrevistados (84,5%) afirma que irá financiar a sua reforma através dos descontos para a segurança social ou outro regime contributivo obrigatório”. Ora, tendo em conta que o índice sintético de fecundidade (número de filhos, em média, por mulher em idade fértil) em Portugal é de 1,34 esta solução de reforma é claramente insustentável.
Este último fator analisado está relacionado com o início deste artigo: a importância de poupar e planear melhor a vida financeira. Não se esqueça que se bancos e Estado utilizam o seu dinheiro para efetuarem poupança e investimentos, e daí recolherem rendimentos adicionais porque não faz o mesmo?
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