À semelhança dos radares de velocidade instantânea, os radares de velocidade média também incluem o seu respetivo sinal de trânsito, informando os condutores que estão perante um radar deste tipo. Se tem dúvidas em o reconhecer, assim como outros sinais que surgiram, ou reconhecer novas regras de trânsito, o Curso de Atualização de Código do ACP pode ajudá-lo.
Saiba o que são os radares de velocidade média, como funcionam e onde se localizam.
Tipos de radares de velocidade
Ainda que o objetivo seja o mesmo — controlar a velocidade dos veículos — são diferentes os tipos de radares de velocidade:
- Radares de velocidade fixos: funcionam através da emissão de ondas eletromagnéticas que permitem calcular a velocidade a que os veículos circulam. Cada radar é programado para o limite de velocidade da estrada em que se encontra. Assim, um radar que hoje se encontre numa cabine urbana está programado para o limite de 50 km/h. Mas o mesmo radar pode, no mês seguinte, estar regulado numa autoestrada para o limite de 120 km/h.
- Radares de velocidade móveis: enquanto os fixos têm estruturas próprias, os radares de velocidade móveis podem estar em diferentes locais. Estes radares podem, por vezes, passar despercebidos aos condutores, por não estarem evidenciados.
- Radares de velocidade média: começaram a funcionar nas estradas portuguesas (nas vias espanholas são habituais) no final de 2021. Estes radares vão calcular se, em média, os veículos circularam com mais velocidade do que o permitido num determinado trajeto.
Como funcionam os radares de velocidade média
Ao contrário dos radares fixos e móveis, os radares de velocidade média não indicam a velocidade instantânea dos veículos: calculam se os mesmos circulam com maior velocidade do que o permitido entre dois pontos de um determinado trajeto.
Imagine que vai numa estrada em que o limite de velocidade corresponde a 100 km/h. Num determinado ponto é registada a matrícula do veículo, assim como o tempo a que foi efetuada a passagem. Mais à frente nesse mesmo trajeto, estará outro radar que faz exatamente o mesmo. Com base na hora de entrada e saída do percurso (regra geral, estes radares estão instalados em troços sem entroncamentos ou saídas) é calculado o tempo que o veículo levou a percorrê-lo, assim como a velocidade média.
Se o condutor completou a distância entre as duas câmaras num tempo inferior ao mínimo estipulado, significa que não cumpriu o limite de velocidade (neste exemplo: 100 km/h). Desta forma, considera-se que circulou em excesso de velocidade.
De nada adiantará ao condutor parar a meio do trajeto para fazer tempo, caso tenha ultrapassado o limite de velocidade: primeiro, porque não ganha tempo (e esse é o intuito quando se ultrapassa o limite de velocidade). E porque os radares de velocidade média vão estar presentes em percursos onde é proibido ou muito difícil parar.
Os radares de velocidade média estão devidamente identificados?
Tal como os radares de velocidade fixos, também os percursos com radares de velocidade média estão devidamente sinalizados. Já o mesmo não se passa com os radares de velocidade móveis, pois não há qualquer obrigatoriedade perante a lei da sua sinalização.
Os radares de velocidade média têm uma sinalética própria: o sinal de trânsito H42.
De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) são 23 os radares de velocidade média nas estradas portuguesas. Porém, a sua localização não é fixa, podendo ser alternada entre 20 localizações possíveis.
Desta forma, o condutor, apesar de alertado pela sinalética para a presença deste tipo de radar, não sabe exatamente se o mesmo está na cabine ou não.
Saiba quais são as consequências de exceder os limites ao passar por radares de velocidade.
Radares de velocidade média: onde estão instalados
Para selecionar os locais de instalação dos novos radares, a ANSR teve como pressuposto, entre outros fatores, o “nível de sinistralidade aí existente e em que a velocidade excessiva se revelou uma das causas para essa sinistralidade”.
Revisão ao código da estrada
O Código da Estrada tem sofrido alterações. Veja-se, por exemplo, o novo sinal do radar de velocidade média. Já se deparou com sinalética que nunca tinha visto ou que não se recorda do significado? É a pensar na segurança dos condutores que o ACP criou o Curso de Atualização de Código. Com 8 horas de duração, inclui informação que integra as alterações mais recentes ao Código da Estrada, assim como temáticas sobre segurança rodoviária. Ao frequentar este curso, evita custos ou coimas por desconhecimento do código atual.
Caso frequente esta formação nos 6 meses anteriores à data-limite de renovação da carta de condução, obtém ainda um ponto extra na carta — desde que não tenha crimes rodoviários ou de álcool.
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