O museu da Porsche completou uma lacuna que tinha na sua coleção com a descoberta de dois 911, um modelo que é considerado muito raro. A história começou na Alemanha quando uma cadeia de televisão estava a realizar um programa sobre objetos de coleção e “memorabilia”, e encontrou as duas preciosidades construídas na década de 60.
O Porsche Museum adquiri-os e levou três anos a recuperar o mais antigo 911, produzido em 1964 e que faz parte da primeira série que ficou conhecida por 901. Isto porque semanas antes do início da produção no outono de 1964, a marca foi obrigada a mudar o nome do coupé porque a Peugeot tinha registado a patente de todos os nomes de automóveis com três dígitos com um zero a meio. Por isso os novos Porsche foram construídos sob o nome 901, mas saíram da fábrica com a referência 911.
Nenhum destes 911 adquiridos pela marca tinha sofrido qualquer tipo de restauro, mantendo todas as caraterísticas originais. A recuperação e restauro foram feitos com peças originais oriundas do espólio do museu e de outros modelos da época. Foi assim com o chassis e a carroçaria, mas também com o motor, transmissão e até o sistema eléctrico.
A Porsche não revelou quanto pagou pelo modelo mais antigo nem avalia o trabalho realizado, pelo que não é fácil calcular o valor de um 911 tão raro como este, sobretudo quando se trata de um modelo de uma marca que desperta grandes paixões.