Nascido no Porto a 15 de janeiro de 1934, Mário Araújo Cabral, mais conhecido como Nicha Cabral, esteve desde sempre ligado ao desporto, começando a carreira como ginasta de craveira Olímpica (falhou os Jogos de Helsínquia de 52 devido a uma lesão).

Três anos mais tarde, em 1955, e depois de ver despertar em si o interesse pelo automobilismo, ingressou nos ralis e em 1957 optou pelas pistas. Dois anos volvidos estreou-se na Fórmula 1, naquela que foi a terceira e última visita da categoria rainha ao Circuito de Monsanto. Foi 10º ao volante de um Cooper T51/Maserati.

Seguiram-se mais quatro participações pontuais na Fórmula 1, em 1960, “em casa”, no Circuito da Boavista, em 63 na Alemanha e em Itália e, por último, de novo em Itália em 1964.

Mesmo depois de um grave acidente de Fórmula 3, em Rouen-les-Essart, que quase lhe tirou a vida, continuou a correr até 1974, anos em que “arrumou as luvas”.

Grande contador de histórias e recordado por muitos com saudade e carinho, Nicha Cabral faleceu na noite passada vítima de doença prolongada.