O protocolo agora renovado já vem desde 2014, tendo então o clube oferecido a possibilidade a cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Tires de tirar a carta. É naquela unidade prisional que atua a associação Dar a Mão, um dos parceiros deste protocolo, que envolve ainda a Direção Geral da Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
Para o presidente do ACP, Carlos Barbosa, “não faz qualquer sentido haver pessoas presas por não terem a carta e, por isso, é fundamental ajudar estes reclusos, cujas vidas ficaram interrompidas apenas por não conseguirem passar os exames”.
Também Rita Chaves, presidente da Associação Dar a Mão, que vai fazer o acompanhamento direto destes reclusos, considera que “é preciso envolver a sociedade civil de forma a dar respostas a problemas e situações onde o Estado não consegue chegar, pelo que destacamos a generosidade do ACP”.
Já o diretor da DGRSP, Celso Manata, refere que “este protocolo é o melhor exemplo do que considero ser a verdadeira reinserção da população prisional, que é atacando os problemas pela raíz, ou seja, estas pessoas, caso consigam tirar a carta, nunca mais regressam ao sistema prisional por esta razão”. Celso Manata recordou ainda que em 2016 houve 899 pessoas condenadas a prisão por reincidirem na condução sem habilitações para tal.