A eletrificação total do automóvel na União Europeia já tem data marcada, 2035, mas todo o processo continua a causar alguns dilemas, tanto junto do público como dos construtores.
Numa altura em que se assiste a um abrandamento das vendas de elétricos, ou pelo menos da sua taxa de crescimento anual, convidámos Mário Martins da Silva, responsável pelas relações internacionais do ACP, para discutir este tema.
Segundo o antigo responsável pelo ACP Motorsport, o abrandamento das vendas deve-se às próprias características deste tipo de veículos e à grande evolução que se tem verificado, por exemplo, no campo das baterias.
Esta célere evolução faz com que alguns modelos se tornem ultrapassados de forma mais rápida do que acontece com as propostas com motor de combustão, influenciando assim as vendas.
Perante este cenário, Mário Martins da Silva aponta os modelos híbridos plug-in como uma alternativa importante no mercado.
Outra razão apontada pelo responsável pelas relações internacionais do ACP para o abrandamento das vendas de elétricos é o fim dos apoios, situação que Mário Martins da Silva considera normal.
Porém, recorda também que até nos mercados onde os apoios se mantêm as vendas abrandaram, com o público a optar por aguardar por propostas tecnologicamente mais avançadas.
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Outro tema abordado foi o futuro modelo fiscal a aplicar aos automóveis elétricos, com Mário Martins da Silva a assumir que os Estados vão tentar encontrar mecanismos que lhes permitam manter a receita fiscal obtida com os modelos a combustão.
Quanto ao futuro, não lhe sobram dúvidas: este passa pela redução de emissões, mas por diversas soluções tecnológicas, desde os elétricos a bateria até às propostas a hidrogénio.
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