“Não me surpreende que os jovens prefiram a mobilidade individual”

| Revista ACP

Humberto Carvalho, diretor do ACP Formação comenta as conclusões do mais recente estudo do Observatório ACP.

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A mobilidade e a segurança rodoviária estiveram em análise no mais recente estudo do Observatório ACP, cujas conclusões retratam a forma como os jovens vêem a mobilidade em Portugal. Mas a formação de futuros condutores e o papel que as escolas de condução devem ter para um ensino de excelência, também mereceu a devida atenção.

A primeira conclusão que se retira do estudo, cujos inquiridos rondavam os 18 e os 34 anos, não deixa lugar para dúvidas: os jovens querem ter o automóvel presente nas suas vidas, ou seja, privilegiam a mobilidade individual. Facto que não surpreende Humberto Carvalho, diretor do ACP Formação, que encara essa preferência como “uma questão cultural mas também motivada pela necessidade de transporte adaptado às suas vidas”, tendo em conta que outras alternativas têm dificuldade em dar resposta no que toca à qualidade e oferta.

Quanto ao ensino, aquele responsável do ACP afirma não existir um tempo preciso para um jovem se formar, cada caso é um caso e explica: “Além dos conhecimentos básicos que os formandos devem adquirir e prestar prova sobre os mesmos, também têm que desenvolver comportamentos e atitudes. E tudo isto leva a que o desenvolvimento das competências para se conduzir ocorra num período que não é igual para todos, mas que tem que sempre seguir aquilo que é a capacidade e a disponibilidade e o próprio desempenho de cada futuro condutor”.

Outra questão revelada no estudo do Observatório ACP diz respeito à sinistralidade rodoviária e ao muito trabalho que ainda há a fazer a esse nível. E uma formação na condução rigorosa pode contribuir significativamente para a redução desse flagelo que teima em apresentar números preocupantes. “Temos que perceber que a segurança rodoviária enquanto um bem que todos queremos só é possível quando todos os fatores que intervêm na circulação rodoviária contribuem para esse sentido e esse passo de segurança também tem que ser dado na formação de condutores”, adianta Humberto Carvalho.

 

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