Principais riscos de segurança dos carros elétricos

Conheça os factos e os mitos

A segurança dos carros elétricos é uma das principais preocupações dos fabricantes e dos automobilistas é um dos obstáculos à adesão por muitos condutores. Do risco de incêndio, à preocupação com as infiltrações de humidade no sistema elétrico, passando pelo sobreaquecimento, são vários os receios em debate.

Os carros elétricos incendeiam-se facilmente?

O artigo “Hurdle to Broad Adoption of E.V.s: The Misperception They’re Unsafe” publicado no The New York Times, aborda a perceção da falta de segurança dos carros elétricos. De acordo com a publicação, esta avaliação torna-se sobretudo enviesada pela grande atenção mediática direcionada para os incêndios nestes carros.

Contudo, de acordo com um estudo da AutoInsuranceEZ, o risco de incêndio dos automóveis 100% elétricos não é superior ao dos carros convencionais — bem pelo contrário. O mesmo não acontece, no entanto, com os híbridos. Os dados, referentes ao ano de 2021, examinam a frequência de incêndios provocados por diversas causas, incluindo colisões. Em cada 100.000 automóveis, registaram-se:

  • Veículos híbridos: 3.475 ocorrências
  • Veículos com motor de combustão: 1.530 ocorrências
  • Veículos 100% elétricos: 25 ocorrências

1. Sistema de proteção contra incêndios:

O risco de incêndio é cada vez mais diminuto, devido aos esforços empreendidos nos últimos anos para o reforço da segurança dos carros elétricos. A construção das baterias prevê a proteção da sua integridade em casos de choque ou embate.

Além disso, a tecnologia dos modelos mais recentes permite interromper o fluxo de energia entre a bateria de alta tensão e o restante sistema eletrónico, no preciso instante em que se deteta uma anomalia. Geralmente, excetua-se apenas o sistema elétrico de 12 V que continua, por exemplo, a alimentar as luzes de aviso. Dessa maneira, os potenciais riscos de eletrocussão ou de incêndio são reduzidos.

Ainda assim, caso deflagre um incêndio num veículo elétrico, é crucial conhecer as especificidades do protocolo de emergência. Os motores elétricos representam um novo desafio para as equipas de assistência: o contacto acidental com componentes sob tensão, por exemplo, pode revelar-se fatal.

De acordo com a agência governamental britânica Health and Safety Executive, quem trabalha na assistência ou na manutenção destes veículos deve ter especial atenção a alguns perigos específicos. Nesse sentido, as prescrições da União Europeia relativas a este assunto (resistência de isolamento de componentes de alta tensão, proteção contra o contacto direto com partes sob tensão, etc.) encontram-se estipuladas neste regulamento.

Outras preocupações com a segurança dos carros elétricos

Quando abordamos os principais perigos dos carros elétricos, há um conjunto de fatores a mencionar:

1. Proteção contra a humidade

A humidade é um dos riscos de segurança dos carros elétricos que pode despertar maior desassossego, visto que água e eletricidade não são uma boa combinação. Contudo, importa sublinhar que todos os componentes destes veículos estão devidamente protegidos.

De igual forma, a segurança dos carros elétricos está totalmente assegurada durante os carregamentos. Mesmo que o veículo esteja exposto à chuva, o abastecimento não levanta problemas. A energia só começa a fluir se o cabo estiver corretamente ligado, impedindo choques. Se for detetada humidade, o carregamento não se inicia.

2. Sobreaquecimento

Para garantir a segurança dos carros elétricos nos períodos em que a carga da bateria fica demasiado elevada, estes automóveis estão equipados com um Sistema de Gestão da Bateria (BMS). Assim, caso se identifique temperaturas demasiado elevadas, o carro ativa os mecanismos de proteção dos seus componentes, evitando o sobreaquecimento.

Se essas temperaturas forem atingidas aquando do carregamento, o fluxo de energia elétrica reduz-se substancialmente. Se o mesmo ocorrer em andamento, a energia que chega ao motor elétrico diminui, limitando a velocidade máxima.

3. Riscos para os peões

“Pare, escute e olhe”: o mote de muitas campanhas de segurança rodoviária pode, com a eletrificação, revelar-se insuficiente. Uma das dificuldades na segurança dos carros elétricos prende-se com a sua natureza silenciosa. Isto configura um perigo para os peões, que, muitas vezes, confiam apenas na audição ao circular pela estrada. Algumas marcas já incluem sons artificiais nos seus modelos, procurando solucionar este contratempo.

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