O Observatório do Automóvel Club de Portugal propõe uma rede integrada de nove parques de estacionamento dissuasores no limite exterior de Lisboa com uma capacidade de 16 mil lugares de estacionamento. Na cidade, existem 200 mil lugares para 745 mil carros. Estes parques, realmente dissuasores por se situarem fora da cidade, assentam no aproveitamento da oferta de estacionamento ao longo de todo o eixo viário da Circular Regional Interior de Lisboa (CRIL) entre Algés e o Parque das Nações, que tem sido desperdiçada durante o período de maior procura diurna.
Para cada um dos parques deve ser implementado e promovido um conjunto de ligações que incentivem o uso dos transportes públicos com destaque para o metropolitano, comboio e Carris. Estas ligações devem assegurar tempos, condições de conforto e segurança aceitáveis. Situação que no presente não se verifica.
Importante para a eficácia desta proposta é também avaliar a implementação de corredores dedicados ao transporte público e veículos de partilha em todos os eixos adjacentes a esta rede integrada de parques de estacionamento.
Esta rede de estacionamento proporciona novos itinerários, criando alternativas de acesso à cidade, descongestionando as zonas centrais da cidade, o que permite devolver espaços para os peões e reduzir as emissões de partículas nocivas. Atualmente, entram em Lisboa mais de 370 mil veículos por dia, a que se juntam aos mais de 375 mil carros que “vivem” em Lisboa. A oferta de estacionamento situa-se nos 200 mil lugares disponíveis. Contas feitas, a oferta dá quase quatro carros por cada lugar de estacionamento.
Esta proposta, foi concebida como instrumento de apoio à alteração nos parâmetros de mobilidade e acessibilidade à cidade de Lisboa, fundamental se se pretende melhorar a qualidade ambiental urbana, em favor de uma mobilidade sustentável, promovendo ainda a redução dos índices de poluição entretanto aumentados – o caso da Avenida da Liberdade é disso exemplo.
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