Enquanto em vários países a reação à escalada do preço dos combustíveis se tem traduzido em medidas “musculadas” que incluem até a venda a “preço de custo” como acontece em França, por Portugal a resposta do Governo a este problema tem sido tímida.
Apesar de ter sido decretada a devolução da receita adicional do IVA através de um desconto no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), esta traduz-se apenas numa redução adicional de dois cêntimos por litro no gasóleo e um cêntimo na gasolina.
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Perante esta problemática, ouvimos os especialistas que indicaram que o executivo liderado por António Costa tem uma margem considerável que lhe permite baixar o preço dos combustíveis.
Segundo a consultora Deloitte, 51% do preço médio de venda da gasolina simples 95 corresponde a impostos. E apesar de haver um valor mínimo de tributação sob os combustíveis imposto por Bruxelas, tanto na gasolina como no gasóleo este está ainda distante.
No primeiro caso existem 11 cêntimos de margem enquanto no caso do gasóleo o Governo dispõe de 22 cêntimos até ao limite imposto aos Estados-Membros.
Já a Associação Empresarial de Portugal defende uma maior solidariedade do Governo, recordando a importância do setor dos transportes e logística para a competitividade das empresas e da economia nacionais.