Propostas no final de setembro, as alterações à norma de emissões Euro 7 — apresentadas num texto de compromisso acordado pelo Conselho da União Europeia e o grupo de ministros da União Europeia — foram aprovadas pelo Parlamento Europeu.
Recorde-se que quando a norma Euro 7 foi apresentada, oito Estados-Membros (incluindo a França e a Itália) alertaram que esta era demasiado rigorosa e poderia desviar o trabalho de desenvolvimento e o investimento nos veículos elétricos.
Ao mesmo tempo, recordavam a existência de estudos que afirmavam que a Euro 7 apenas iria beneficiar uma quota reduzida de automóveis.
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Agora, o Parlamento Europeu foi ao encontro dos pedidos destes países para que a norma fosse revista, e aprova uma versão da Euro 7 um pouco mais «branda» do que o inicialmente previsto.
Os países da União Europeia concordaram em não alterar as condições de ensaio e os atuais limites de emissões Euro 6 existentes para os automóveis e as carrinhas. Porém, estes serão mais baixos para os autocarros e os veículos pesados. Além disto, foram acordados novos limites de emissões de partículas para os travões e os pneus.
A reação da ACEA (Associação Europeia de Construtores de Automóveis) a estas alterações não se fez esperar. Segundo Sigrid de Vries, diretora Geral da ACEA, estas mudanças “representam uma melhoria, mas ficam aquém das expectativas em algumas áreas chave”.
Sigrid de Vries ressalva que “é incorreto descrever os veículos que cumprem a norma Euro 6/VI como «altamente poluentes»”. Em comunicado, a ACEA recorda ainda que desde a primeira norma de emissões europeia e a entrada em vigor da primeira versão da norma Euro 6 as emissões dos veículos comercializados na Europa foram reduzidas em 90%.
Segundo o Parlamento Europeu a norma Euro 7 entra em vigor a 1 de julho de 2030 para os automóveis e a 1 de julho de 2031 para os veículos pesados. Originalmente a Comissão Europeia tinha proposto que a mesma entrasse em vigor em 2025 e 2027, respetivamente.