O metrobus do Porto vai começar a circular na Avenida da Boavista em maio, divulgou hoje o fornecedor dos veículos, a CaetanoBus, uma informação confirmada pela Metro do Porto, que validou o prazo apontado pelo fabricante. "Irá começar a circular na Avenida da Boavista, no Porto, já no início de maio, representando um marco importante no projeto metrobus, que visa melhorar a mobilidade urbana na cidade do Porto", lê-se num comunicado da CaetanoBus hoje divulgado.
A Metro do Porto tinha indicado que os veículos deveriam chegar entre o final de janeiro e o início de fevereiro, já com vários meses de atraso. Atualmente, apesar de as obras estarem praticamente finalizadas, o canal do metrobus continua vazio, à exceção da utilização informal por parte de ciclistas. De acordo com a CaetanoBus, "a primeira unidade deste novo autocarro, CAETANO H2.CityGold 18, com as primeiras entregas à Metro do Porto, passou esta semana todos os testes tecnológicos em fábrica". Além dos testes de fábrica, a CaetanoBus refere que a primeira unidade do modelo irá "iniciar testes de estrada na Boavista dentro de dois meses". "Está a ser agora finalizada, e contará com uma decoração exterior e interior alinhada com a identidade da Metro do Porto", adianta aquele fabricante.
O novo autocarro elétrico movido a hidrogénio e com 18 metros, "está equipado com a mais recente geração da tecnologia de pilha de combustível a hidrogénio da Toyota, que a CaetanoBus testou recentemente e com grande sucesso, nos Jogos Olímpicos de Paris no verão de 2024".
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"Esta nova tecnologia permite uma autonomia de até 480 km para autocarros desta dimensão com um único carregamento", de acordo com a CaetanoBus, tendo capacidade para até 135 passageiros. A empresa refere que "o tempo de reabastecimento do hidrogénio é significativamente inferior, demorando cerca de 15 minutos, enquanto um autocarro elétrico a baterias pode necessitar de três a quatro horas para um carregamento completo".
O projeto envolve ainda "a instalação de um eletrolisador para a produção de hidrogénio verde, garantindo assim o abastecimento sustentável dos autocarros", com "implementação de infraestruturas associadas, como posto de abastecimento de hidrogénio, bem como sistemas de produção de energia elétrica renovável, como painéis solares, para alimentar a operação".
As infraestruturas de apoio à operação, que apesar de ter sido encomendada pela Metro do Porto será feita pela Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), estão a ser desenvolvido por um consórcio português liderado pela CaetanoBus, em parceria com a PRF, DST Solar, Dourogás e BrightCity. O consórcio "assegura não só o fornecimento e manutenção dos veículos, mas também a criação de toda a infraestrutura necessária para o funcionamento eficiente e sustentável da frota", indica.
O metrobus do Porto será um serviço de autocarros a hidrogénio que ligará a Casa da Música à Praça do Império e à Anémona (na segunda fase) em 12 e 17 minutos, respetivamente. Os veículos definitivos do serviço, cuja chegada está atrasada vários meses, custaram 29,5 milhões de euros. Já a empreitada do metrobus custa cerca de 76 milhões de euros.