Há marcas de automóveis que renasceram das cinzas, outras fizeram alianças para sobreviver e outras acabaram por sumir do mapa para sempre. Mas deixaram marca na história automóvel com modelos que ainda hoje não deixam ninguém indiferente. Seguem-se 5 exemplos:
Triumph, a queda do roadster britânico
A Triumph (1890-1984) começou por fabricar bicicletas e depois passou a construir motas que ainda hoje são referência no universo das duas rodas. O primeiro automóvel da marca surgiu em 1923: o Triumph 10/20 com motor de 4 cilindros e inovadores travões mecânicos para a época. Quando se pensa num elegante descapotável de dois lugares das décadas de 70/80 a Triumph é das marcas que vem logo à memória, como o Triumph Stag. Este modelo foi estrela no filme “Os Diamantes são Eternos” protagonizado por Sean Connery em 1971. A marca deixou de fabricar automóveis no início dos anos 80.
Talbot, a marca britânica que era francesa
O conde de Shrewsbury-Talbot financiou e cedeu o seu nome à Talbot (1903-1986) com o objetivo de comercializar os modelos franceses de Clément-Bayard nas ilhas britânicas. Em 1905 a empresa passou a chamar-se Clément-Talbot. Após a primeira Guerra Mundial, passou para as mãos de uma companhia britânica com sede em Paris sob nova designação: Sunbeam-Talbot-Darracq. A partir de 1935 dividiu-se em duas – a fábrica de França, Talbot-Lago e a britânica Talbot-Lago, adquirida pelo Grupo Rootes. Depois da II Guerra Mundial apenas sobreviveu a Talbot-Lago, que foi comprada pela também francesa Simca, mas em 1967 a Chrysler passou a controlar a Rootes e a fusão com a Simca, acabou por unir as duas Talbot. Quando em 1978 a Chrysler Europe foi adquirida pela Peugeot, surgiram modelos Talbot tão significativos como o Horizon, o Solara ou o Samba.
Hispano-Suiza, a lendária marca espanhola
Em Espanha, a Cuadra foi o primeiro construtor de automóveis, entre 1899 e 1901. Seguiu-se a Hispano-Suiza (1904-1946), fundada em Barcelona pelos empresários Damián Mateu Bisa, Francisco Seix Zaya e o engenheiro suíço Marc Birkigt. Reconhecida internacionalmente, teve o seu primeiro momento áureo nos anos 20 e 30 graças ao impulso do rei Alfonso XIII, com a marca a ter diversas fábricas em Espanha e França. Durante a ditadura de Franco foi nacionalizada passando a ser controlada pelo Instituto Nacional da Indústria sob a designação de ENASA, de onde também surgiu a Pegaso, outra marca conhecida ter fabricado autocarros, camiões e veículos militares. Desapareceu em 1990.
Daewoo, a asiática que durou pouco tempo
A Daewoo (1978-1999) chegou a ser a segunda multinacional mais importante na Coreia do Sul, depois da Hyundai. Exportou para o mercado europeu modelos que ficaram conhecidos por serem práticos e acessíveis. Esta marca sul-coreana passou depois para as mãos da General Motors, fase em que viu melhorado o design exterior e os habitáculos dos seus automóveis.
SAAB, a marca que começou pelos aviões
A SAAB, Svenska Aeroplan Akteebolage (em português “Companhia Aeronáutica Sueca”), foi fundada em 1937 por 16 engenheiros aeronáuticos, com o intuito de reforçar a indústria aeronáutica sueca com aviões produzidos nacionalmente. Em 1946, com o fim da segunda Guerra Mundial, a empresa inicia a produção de automóveis, tendo apresentado o seu primeiro protótipo - o Saab 92 – com um motor bi-cilíndrico transversal de dois tempos, tração dianteira, uma carroçaria extremamente rígida e segura e linhas aerodinâmicas em forma de asa. A SAAB e o construtor de caminhões, também sueco, Scania-Vabis, fundiram-se em 1969, dando origem à Saab-Scania. Em 1978 lançou o Saab 900, o seu maior sucesso de vendas e o modelo que maior longevidade teve. Em 1989 a General Motors adquiriu 50% do capital da marca sueca, que continuava a lançar modelos de sucesso como o Saab 9000 CS ou o 900. Em meados de 2009, a GM ao passar por grandes dificuldades financeiras, anunciou a venda da Saab ao fabricante holandês de carros superdesportivos Koenigsegg.