Ícone fascinante, laboratório sobre rodas e um concept para a implementação de novas tecnologias, o lendário Mercedes-Benz C 111 é tudo isso e muito mais. Este superdesportivo foi lançado há 50 anos, no 40º Salão Automóvel de Genebra em 1970, mas não chegou a entrar na linha de produção. No entanto, ainda hoje continua a ser uma grande atração e pode ser visto com a sua caraterística pintura "Weissherbst", na seção de exposições Fascination of Technology do Museu da Mercedes-Benz, em Estugarda.
O C 111-II que foi desenvolvido com base no C 111, apresentado no outono de 1969, está equipado com o motor Wankel, um genuíno motor desportivo. O departamento de Design, liderado por Bruno Sacco e Josef Gallitzendörfer, começou a trabalhar no projeto no verão de 1969. Comparado com o seu antecessor, existiram inúmeras melhorias, como o campo de visão do motorista ou os guarda-lamas. A aerodinâmica do veículo também foi simplificada: a medição do túnel de vento mostrou que o coeficiente de resistência do ar foi reduzido em 8% em comparação com o seu antecessor. O interior do C 111-II continnua a impressionar com a sua estética contemporânea.
Estreado em Genebra em março de 1970, os fãs de desportivos estiveram dispostos a pagar quantias consideráveis por um C 111, caso fosse produzido em série, e até houve um entusiasta londrino que não hesitava em oferecer até meio milhão de marcos alemães pelo modelo.
Cheques em branco foram entregues nos meses seguintes, mas a marca deixou claro que este veículo experimental não estava à venda. Logo no início, o que mais tarde seria conhecido como C 111, era destinado a um público-alvo totalmente diferente: desde 1963, o pensamento inicial havia sido para ser posicionado abaixo do SL "Pagoda" (W 113). A estratégia foi definida com mais detalhes em 1968 como um "veículo pequeno e desportivo", sem nenhum recurso de conforto específico que também é adequado para desportos de rali destinado a um público mais jovem.
Há cinquenta anos atrás, em Genebra, os visitantes não estavam apenas maravilhados com o C 111-II, mas também com o que a Mercedes-Benz que levou para o certame. Dois de um total de cinco veículos experimentais foram apresentados nesta exposição automóvel. O protótipo com número interno 31, o primeiro C 111-II pôde ser experimentado como parte da demonstração para imprensa no Circuit de Monthoux, perto de Genebra, em test drives de demonstração.
O C 111 não foi apenas concebido com uma forma futurista. É também o primeiro veículo do mundo que foi completamente projetado em computador. A tecnologia digital tornou possível o cálculo de cargas dinâmicas e a Mercedes-Benz estima que o período de desenvolvimento foi reduzido em cerca de quatro meses.
Em dezembro de 1970, foi instalado um motor alternativo V8 de 3,5 litros Mercedes-Benz no C 111-II, em vez do motor Wankel. Este veículo ainda hoje pode ser experimentado dinamicamente, pois ainda atrai a atenção em eventos para clássicos.
Este modelo mereceu a produção do livro “Mercedes-Benz C 111” que vai revelar novas informações sobre o desenvolvimento deste veículo, com pesquisas aprofundadas sobre a sua conceção e fotografias dos arquivos Daimler AG, incluindo muitas outras imagens inéditas que documentam, pela primeira vez, toda a história deste veículo fascinante.