O Ferrari 166 MM foi o primeiro Ferrari a entrar em Portugal. Estava-se em 1950 quando este desportivo da casa de Maranello chega a terras lusas através de A. Gaspar, o representante da marca no nosso País. Com o chassis #0056M, este Ferrari 166 MM Barcheta Touring, originalmente pintado em azul-escuro metalizado, teve José Barbot como primeiro proprietário.
Poucos meses depois passa para as mãos de José Júlio Marinho e continua a participar numa série de competições nacionais. Entre provas importantes na época como o Grande Prémio de Portugal ou os Circuitos Internacionais, este 166 MM vai-se qualificando embora em muitos casos atingindo posições medianas.
Das classificações melhores que conseguiu, contam-se o 2º lugar da geral no Festival Nocturno no Estádio Lima Porto em 1951 ou o 3º lugar da geral no III Circuito de Vila do Conde no ano seguinte, a uma distância de cinco voltas do vencedor Casimiro de Oliveira. Antes de ser adquirido pelo terceiro dono – José Ferreira da Silva - obteve o 1º lugar do pódio, na Classe S2, no Trial de Velocidade do Porto (Quilómetro de Arranque e 500 m Lançados de Pedras Rubras) em 1953.
Em 1957, o 166 MM foi vendido ao ATCA (Automóvel e Touring Clube de Angola), tendo continuado a participar em diversas corridas mas sem conquistar posições de relevo, até 1960 altura em que o clube ATCA decide vendê-lo a 166 António Lopes Rodrigues que o regista em Moçambique, e de seguida participa na Rampa da Polana, Lourenço Marques, aparecendo com a carroçaria pintada de branco, e também na “Formule Libre and Sports Car”, no Circuito Internacional de Lourenço Marques.
Em Agosto de 1963, muda novamente de proprietário e viaja para terras sul-africanas para a garagem de Hugh Gearing, em Joanesburgo. Uma década depois, segue-se outro proprietário desta vez Robert van Zyl, também de Joannesburgo. É este sul-africano que agora está a colocar o 166 MM à venda estimando-se que o valor do carro venha a rondar os cinco milhões de dólares.