Corria o ano de 1922 quando a Rolls-Royce lançou um modelo revolucionário: o RR 20 H.P.. Também conhecido como o “Vinte”, este modelo está entre os mais importantes para a marca, sobretudo, pela tecnologia que apresentava, avançada para a época. Com as suas dimensões menores, maior leveza e menos complexo do que os seus antecessores, foi ainda o primeiro Rolls-Royce especificamente projetado para os proprietários conduzirem eles próprios, refletindo novos hábitos num mundo em mudança depois da Primeira Guerra Mundial.
Mais de um século depois, a sua influência ainda pode ser vista na engenharia e no design. O “Vinte” representava um salto em termos de tecnologia, equipado com um motor de seis cilindros e 3,1 litros com menos de metade do tamanho da unidade de 7,5 litros do Rolls-Royce Silver Ghost. O 20 H.P. também pesava cerce de 30% menos, o que fazia toda a diferença no desempenho e facilidade de condução, além de avançados sistemas de direção, travagem e suspensão.
Inovações que motivaram boas reações por parte dos proprietários deste novo modelo que elogiavam esta “peça encantadora” pelo seu mecanismo. Também houve quem afirmasse: “Nunca lidei com nada tão doce” ou “conduzi o meu 20 H.P. aqui de Liverpool e estou muito satisfeito com o funcionamento do motor, não tendo que mudar de velocidade entre Liverpool e Versailhes”. Ainda um anúncio de publicidade na época referia-se ao “Vinte” como “tudo o que um motorista pode querer… automobilismo com elevado nível de requinte e simplicidade de condução”.
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Em 1929, o Rolls-Royce 20 H.P. foi substituído pelo 20/25 H.P., alimentado por um motor de maior capacidade, seguido em 1935 pelo 25/30 H.P. com bloco de 4,25 litros. A era da “pequena potência” chegou ao fim com o Rolls-Royce Wraith em 1938. Mas o “Vinte” continuou a influenciar a marca muito depois de terminar a sua produção em 1929, com quase 3.000 unidades construídas.