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Já chegou o sucessor elétrico do BMW Isetta

| Revista ACP

Chama-se Microlino, tem 230 km de autonomia, atinge os 90 km/h e nasce da vontade de dois irmãos suíços.

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Dois irmãos suíços estão a tentar recolocar o seu país no mapa da indústria automóvel reavivando um clássico automóvel dos anos 50, agora com uma reviravolta eléctrica e mais uma roda que o modelo original.

Anunciado em 2020 e previsto para 2021, o Microlino de Oliver e Merlin Ouboter é uma nova leitura do famoso conceito de micro-carro lançado pela BMW, que com o Isetta marcou uma época na história do automóvel.

O novo Microlino substituiu o antigo motor a gasolina por um motor eléctrico de 12,5 quilowatts que lhe dá um alcance de até 230 km e uma velocidade máxima de 90 km/h.

O peso reduzido - 496 kg - e o seu pequeno tamanho - 2,5 metros de comprimento - reduzem o impacto ambiental do veículo e facilitam o estacionamento em espaços minúsculos, descreveu Oliver Ouboter, chefe de operações da Microlino.

"A ideia era criar uma alternativa aos carros convencionais. O Microlino faz isso muito melhor do que as bicicletas - está protegido contra as intempéries, tem espaço para carga, pode ter duas pessoas sentadas uma ao lado da outra", contou Ouboter à Reuters. O Microlino tem uma surpreendente bageira com 230 litros de capacidade.

"Porque é mais pequeno que um carro convencional, consome menos material para o fabricar, e tem uma bateria mais pequena, o que significa que consome menos electricidade", acrescentou o seu irmão Merlin. "Portanto, a pegada ecológica é cerca de um terço de um carro eléctrico convencional".

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Foram recebidas mais de 35.000 reservas para o Microlino, que está a ser construído em Itália e custa um pouco mais de 15 mil euros. Foram investidos mais de 10 milhões de euros no projecto.

Mais conhecida pelo chocolate, relógios e bancos, a Suíça teve uma indústria automóvel no início do século XX, com marcas há muito esquecidas como Ajax, Fischer e Turicum.

Os elevados custos de produção e um mercado muito pequeno condenaram muitas marcas, embora a Suíça acolha ainda alguns fabricantes de nicho.

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