Por isso, o clube congratula-se com o reconhecimento do enorme erro por parte da autarquia e saúda o vereador da mobilidade, Nunes da Silva, por ter constatado desde o início que o plano não funcionava. Mas este episódio não deixa de ser um triste exemplo de má gestão dos dinheiros públicos por parte do presidente e do vice-presidente da câmara, que não sabem nem querem saber o que é uma estratégia de mobilidade.
O ACP fez o trabalho que lhe compete: apresentou propostas e estudos fundamentados por técnicos e especialistas reconhecidos e credenciados, com um único pressuposto – contribuir para a melhoria da mobilidade em Lisboa.
Alertámos em Julho para o caos que este esquema da câmara iria provocar, com significativos prejuízos para a vida dos automobilistas; avisámos para o efeito colateral que tal esquema iria provocar nas vias adjacentes, como a rua da Escola Politécnica, Almirante Reis, etc; mostrámos e demonstrámos o ridículo e penoso que era circular na Avenida da Liberdade.
Significativo é também o argumento mater - o ambiente - que levou a toda esta trapalhada rodoviária. Porque não copiam as cidades europeias que, por exemplo, com um simples corte das copas das árvores, podem reduzir fortemente a poluição?
O ACP continua a querer saber três pontos essenciais:
- Quais os valores da poluição atual e anterior na avenida da liberdade e nas adjacentes?
- O que tem a ver a “sardinha em lata na linha verde do metro” com a poluição na Avenida da Liberdade?
- Quanto custou toda esta experiência falhada aos contribuintes?
Curioso agora vir a câmara apontar o dedo aos transportes públicos poluentes.
O ACP vai continuar o seu trabalho em prol da mobilidade e por isso mantem-se contra as alterações na rotunda do Marquês de Pombal enquanto não for aberta uma terceira via na rotunda exterior fundamental sobretudo para os transportes públicos.
Lisboa, 16 de janeiro de 2013.