A pouco mais de dois meses do 57.º Vodafone Rally de Portugal, o Automóvel Club de Portugal e a Câmara Municipal de Paredes organizaram a plantação de 200 árvores autóctones, com a ajuda de alunos da Escola Básica 2/3 de Baltar. Carlos Barbosa (Presidente do ACP) e Alexandre Almeida (Presidente da C. M. de Paredes) destacaram a responsabilidade ambiental de um evento que voltou a bater recordes de impacto económico e mediático no país.
Entre 9 e 12 de maio, o Vodafone Rally de Portugal volta a atravessar as regiões Norte e Centro do país, levando as estrelas do WRC a quase um milhão de adeptos em algumas das mais famosas classificativas do mundo. Mas a prova do Automóvel Club de Portugal é, também, uma referência internacional na responsabilidade ambiental, recebendo, consecutivamente, a certificação ambiental máxima da FIA desde 2017. Esta quarta-feira, o presidente do ACP, Carlos Barbosa, e o presidente da Câmara Municipal de Paredes, Alexandre Almeida, juntaram-se a meia centena de crianças da Escola Básica 2/3 de Baltar, para ajudar a plantar 200 árvores autóctones, nos terrenos adjacentes àquela escola do concelho de Paredes.
Uma forma de ajudar a minimizar o impacto ambiental da prova e uma medida que se junta a várias outras, destacadas, inclusive, pelo Comité Olímpico Internacional, em 2019, como um caso de estudo, pelas boas práticas ambientais.
“Ações como estas são fundamentais, apesar de todas as medidas que já implementamos antes, durante e depois do rali. Na maioria dos locais, 24 horas depois do rali passar os terrenos estão limpos. Os carros, hoje, são híbridos e utilizam combustíveis sintéticos, portanto há uma consciência generalizada da importância destas questões. Este foi um convite da Câmara de Paredes, que apoiámos desde a primeira hora, para em conjunto ajudarmos a compensar a pegada ambiental”, afirmou Carlos Barbosa.
Um sentimento partilhado por Alexandre Almeida, presidente da autarquia: “Associar a nossa Semana da Sustentabilidade ao rali, com o envolvimento das crianças do concelho, é importantíssimo. Felizmente, o público do Rali de Portugal tem tido um comportamento exemplar, até ao nível da recolha e separação dos resíduos. Este ano vamos alargar o nosso percurso e ter dois troços em Paredes, além do Shakedown”, revelou Alexandre Almeida, que ainda teve a oportunidade de experimentar as emoções de um Citroën C3 Rally2, pilotado por Miguel Barbosa, no Kartódromo de Baltar.
Impacto económico recorde
Em 2023, a prova portuguesa do Campeonato do Mundo de Ralis voltou a afirmar-se como o maior evento desportivo e turístico realizado em Portugal. O Vodafone Rali de Portugal teve um impacto de 164,7 milhões de euros na Economia nacional, segundo um estudo científico realizado pela Universidade do Algarve, que monitoriza o impacto do evento desde o regresso da prova ao WRC, em 2007. Só a receita fiscal direta ascendeu a 21,7 milhões de euros (através de IVA e ISP), gerados por quase um milhão de espectadores ao vivo e intervenientes diretos no evento (pilotos, equipas, organização, etc.).
Este ano, a 57.ª edição do Vodafone Rally de Portugal é a quinta prova do calendário do Campeonato do Mundo FIA (WRC) e promete mais um espetáculo de alto nível, dentro e fora das classificativas das regiões Norte e Centro.