- Castelo e muralhas – monumento nacional, foi construído em 1223, aquando da instalação da Ordem Militar de S. Bento de Avis. Das seis torres, restam apena três – a Torre da Rainha, a de AS. Pedro e a de Stº António. Restam também alguns panos de muralha.
Dentro do Castelo, vê-se as placas da Rua e Trav. da Mouraria, esta datada do séc. XIV e que ficavam ao lado da judiaria, provando a existência daquelas minorias étnicas.
- Igreja Matriz - Edificada no século XV, foi remodelada no século XVII, períodos de que datam as mais interessantes peças do seu recheio. Fica situado na Praça Velha e tem as paredes interiores revestidas de azulejos do séc. XVII.
- Convento de S. Bento - reconstruído no Séc. XVII, tal como a Igreja Conventual. Num dos altares, uma velha imagem da Srª da Orada, que a tradição aponta ter sido oferecido por Nuno Álvares Pereira. A Capela-mor tem bela talha dourada e a sacristia é coberta por uma abóbada artesoada.
- Pelourinho - Construído na segunda metade do século XVI e ostentando uma cimalha onde se destacam os mascarões (ornato de pedra em forma de carranca, usado em arcadas, cimalhas, chafarizes, etc.) e uma águia, símbolo do concelho.
- Capela da Misericórdia - Cuja estrutura actual data do século XVIII, conservando-se na primeira uma tela maneirista dos finais do século XVI, representando a Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel, atribuída a Simão Rodrigues, bem como uma imagem setecentista de Nossa Senhora dos Remédios.
- Paços do Concelho, medievais.
Freguesia de Alcórrego
- Igreja de Stº António de Alcórrego – medieval, de uma só nave, com cabeceira orientada a Este, tem uma pequena sacristia, na fachada Norte; de notar uma imagem do patrono, Stº António, no altar-mor e, na parede sul uma pintura maneirista, representando uma Natividade, de finais do séc. XV, princípios de XVI. Neste mesmo lado, um retábulo barroco em que está representado S. Miguel Arcanjo.
Aldeia Velha
- Igreja de Stª Margarida - cerca de 1556 esta capela aparecia já no rol das propriedades da Ordem de Avis e, em 1608, o Prior mor do Convento de Avis, Frey Lopo de Sequeira, ordena o restauro desta igreja, que viria a ser a paroquial, dedicada a Stª Maria de Cortona. No altar, há uma imagem seiscentista, de Stª Margarida, que é a padroeira da freguesia.
- Ermida de Nª Srª da Rabaça – mandada construir pelos habitantes, no séc. XVII.
Freguesia de Benavila
- Capela de Nª Srª de Entre Águas – o nome da Capela deriva do facto de se situar na confluência de duas ribeiras, a da Seda e a da Sarrazola. Dentro existe uma lápide classificada como Monumento Nacional. Foi igreja Paroquial, tendo posteriormente esta competência sido transferida para a Igreja de S. Sebastião. Documentos datados do séc. XVI dizem que a igreja foi edificada sobre seis esteios em arcos de cantaria e o tecto madeirado e com telha vã. O culto das água, ritual pagão, continuou a ser efectivado durante o período romano, o que atesta a inscrição dedicada a “Lobesa”, na fachada Este do velho cenóbio. De notar, o átrio, destinado a albergar os fiéis, em peregrinação. No arco cruzeiro existem duas capelas, a do lado do Evangelho, dedicada a Santiago e a do lado da Epístola, dedicada a Santa Ana. Na capela de Nª Srª de Entre-Águas havia o costume de pedir às meninas casadoiras para, com os olhos fechados e a uma distância considerável da imagem de S. Pedro, tentarem acertar, com o dedo indicador na chave que o Santo segurava na mão, à medida que caminhavam na sua direcção – o dia do casamento, para as raparigas que decidam participar neste ritual, estará tão breve quão próximo ficar o dedo do orifício da chave.
- Igreja Paroquial de S. Sebastião – os habitantes de Benavila exigem a construção de uma igreja, por volta do ano de 1570. De facto, a igreja agora existente foi construída em finais dos séc. XVI, início do séc. XVII. Tem como orago S. Sebastião, é de uma só nave, simples, com uma fachada com portal de vergas rectas, em cantaria, estando em destaque um pedaço liso, central, com uma representação da cruz da Ordem de Avis, que é repetida, no interior, na base dos altares. O culto de S. Sebastião é alargado, a partir da Idade Média, aquando das sucessivas vagas de pestes, na Europa. Esta igreja paroquial foi inicialmente, no séc. XVI, uma ermida.
- Museu Rural da Fundação Abreu Callado – Fundação criada em 1948 pelo Dr. Cosme de Campos Callado, é uma instituição Particular de Solidariedade Social cuja actividade assenta na agro-pecuária, com destaque para a vitivinicultura, como apoio ao seu funcionamento. Dos trabalhos e investigação resultaram vinhos de qualidade, comercializados sob a marca “Abreu Callado”. Simultaneamente, foi criado um espaço museológico que tem como tema os trabalhos agrícolas, denominado Museu Rural Fundação Abreu Callado.
Freguesia de Ervedal
- Igreja de Ervedal – foi edificada no Séc. XVI, sendo de notar um portal e um janelão. Foi muito modificada, nos sécs. XVII e XVIII. Tem por orago S. Barnabé.
Freguesia de Figueira e Barros
- Igreja Paroquial de S. Brás – fica situada na parte alta da vila e é um templo bastante simples. É já referida, em documento da Ordem, em 1382. Sofreu modificações nos séc. XVII e, posteriormente, no séc. XVIII, embora sejam as primeiras as mais visíveis. Tem por orago S. Brás, cuja imagem pode ser vista no altar principal.
Freguesia de Maranhão
- Conjunto Megalítico da Ordem – no Monte da Ordem fica o conjunto megalítico conhecido como Antas da Ordem. Seis dessas antas ficam na margem direita da Ribª de Almadafe, 400 m a SW do referido Monte, sendo que a sétima fica na margem esquerda, já fora do Concelho de Avis. Para além deste conjunto, existem algumas outras antas.
- Igreja de S. Simão – é um templo circular, com capela mor também circular, decorada no cúpula com pinturas murais representando a Paixão de Cristo, embora numa tipologia de influência árabe.
Freguesia de Valongo
- Igreja Paroquial de Valongo – é simples, rural, datando do Séc. XIII. Na Capela-mor vemos umas pinturas murais muito interessantes, e a imagem do padroeiro, S. Saturnino.
- Aroeira centenária – fica junto à igreja e é o ex-libris da freguesia.
O artesanato é outra forma de património. O de Avis é rico, com artefactos em:
- madeira - miniaturas de utensílios agrícolas
- cortiça - como os cochos e os tarros e alguns objectos decorativos
- o chifre – antigamente faziam-se córneas para levar sal, azeite, azeitonas ou mesmo pólvora, hoje é só elementos para decoração
- a pele – acessórios e calçado, como os tradicionais safões, utilizados nos trabalhos agrícolas
- rendas, bordados e pinturas.