Avis

Vila, ordem e dinastia

A bonita vila de Avis, plena de história e beleza natural é sede de concelho que governa do alto do seu monte granítico com 201 metros de altitude. 

Avis, de traçado medieval, de bonito casario caracteristicamente alentejano - branco, com faixas amarelas ou azuis - respira história. Os primeiros povoadores terão chegado à região na Idade do Ferro, sendo disso prova os inúmeros monumentos megalíticos existentes nas redondezas.

Avis desempenhou papel importante na história de Portugal por ter sido a sede de uma das mais importantes ordens militares e por ter dado nome à mais emblemática dinastia de Portugal - a de Avis.

Os árabes por aqui se instalaram, deixando vestígios que datam do séc. X. Assim, a doação das terras, por D. Afonso II a monges de Évora, em 1211, para que aí construíssem uma fortaleza, era sintoma de que havia necessidade de impor uma nova autoridade, no âmbito de um processo de reconquista e disseminação da fé cristã.

A vila foi fundada em 1214, pelo mestre da Ordem Militar de Avis e, diz a lenda, que o castelo foi construído, em segredo, durante a noite, para não alertar os mouros em volta e, cada manhã, as muralhas meio construídas eram tapadas com ramos. Hoje o castelo está em ruínas, sendo o monumento mais importante da vila o Convento, também fundado pela mesma Ordem de Avis – embora danificado é o monumento mais representativo.

  • Onde?

    A bonita vila de Avis, sede de concelho, situa-se em pleno Alentejo, no alto do seu monte granítico com 201 metros de altitude, plena de história e beleza natural.

    Vista de Avis

    A vila, de traçado medieval, de bonito casario branco, com faixas coloridas de amarelo ou azul, respira história, e o seu centro histórico tem muito para mostrar, como as ruínas do Convento de S. Bento de Avis, cuja origem remonta a 1211, o edifício hoje ocupado pelos Paços do Concelho, que fez outrora parte da residência dos Mestres da Ordem de Avis, a Igreja Matriz e o bonito Pelourinho, mostrando orgulhosos o encanto Alentejano.

    Castelo de Avis

    Avis fica inserida numa zona, relativamente próxima da fronteira, em que cada localidade com relativa importância foi dotada de fortificações ou castelos que pudessem garantir não só a sua defesa, como também a manutenção ou mesmo o alargamento das fronteira do País. Ficam nas proximidades e foram também dotadas de fortificações Alter do Chão, Portalegre e Marvão, Arronches, Campo Maior, Elvas, Estremoz, e Monforte.

    A Barragem do Maranhão, próxima, permite, com as infra estruturas que ali foram criadas no Complexo do Clube Náutico – parque de campismo, praia fluvial, ancoradouro, piscinas – praticar um leque de desportos como pesca, windsurf, vela, ski, canoagem, remo. Nos caminhos junto à albufeira, é sempre possível usar a bicicleta ou, sem qualquer tipo de equipamento, fazer umas caminhadas, para compensar a boa comida alentejana.
    Próximo de Avis, Benavila, sede de freguesia, marca a transição entre a lezíria do Ribatejo e a planície Alentejana,está rodeada por campos bastante férteis, cujas colheitas abasteciam a Ordem de Avis. Um dos ex-libris de Benavila é o conceituado vinho da Fundação Abreu Callado.
    Ervedal é uma freguesia cuja fundação se perde nos tempos, como é visível pelos vestígios ali encontrados e que constituem o espólio da Fundação-Arquivo Paes Telles, que investiga e conserva o património arqueológico lá encontrado. Esta Fundação foi criada pelo poeta Mário Saa, nome literário de Mário Paes da Cunha e Sá, filho de grandes proprietários alentejanos, que passou os últimos anos da sua vida nesta localidade. Ervedal produz um bom azeite, indispensável à boa cozinha alentejana. A Ponte do Ervedal foi construída em madeira, como teste à construção da Ponte 25 de Abril, em Lisboa. Só muito mais tarde foi construída em metal.
    Outra das freguesias de Avis é Figueira e Barros formada pela união das duas localidades e também rica em vestígios pré-históricos, como uma outra, Valongo, rodeada de frondosa vegetação e arvoredo que propiciam a caça grossa e identificável pela centenária aroeira que se encontra junto à igreja.
    Restam, como freguesias Alcórrego que, como o “Al” indica foi ocupada pelos mouros e Aldeia Velha talvez a mais afastada de Avis, a que dão acesso estradas de terra batida que convidam aos passeios a pé.

  • O quê?

    A bonita vila de Avis, plena de história e beleza natural é sede de concelho que governa do alto do seu monte granítico com 201 metros de altitude. Os primeiros povoadores terão chegado à região na Idade do Ferro, sendo disso prova os inúmeros monumentos megalíticos existentes nas redondezas.

    Avis - Placa da Fundação

    Avis desempenhou papel importante na História de Portugal por ter sido a sede de uma das mais importantes ordens militares e, também por ter dado o nome à mais emblemática dinastia de Portugal, aquela de que a Ínclita Geração faz parte – a de AVIS.
    Os árabes por aqui se instalaram, deixando vestígios que datam do Séc. X. Assim, a doação das terras, por D. Afonso II a monges de Évora, em 1211, para que aí construíssem uma fortaleza, era sintoma de que havia necessidade de impor uma nova autoridade, no âmbito de um processo de reconquista e disseminação da Fé Cristã.
    A vila foi fundada em 1214, pelo mestre da Ordem Militar de Avis e, diz a lenda, que o castelo foi construído, em segredo, durante a noite, para não alertar os mouros em volta e, cada manhã, as muralhas meio construídas eram tapadas com ramos. Hoje o castelo está em ruínas, sendo o monumento mais importante da vila o Convento, também fundado pela mesma Ordem de Avis – embora danificado é o monumento mais representativo.
    Bem próximo, localiza-se a bonita Barragem do Maranhão, com paisagens únicas e condições de excelência para as mais diversas actividades de lazer e desportivas, com um Clube náutico, parque de campismo e infra-estruturas diversas, dispondo de um miradouro com uma magnífica vista sobre as águas deste lago artificial e sobre as pastagens e searas envolventes.

     Avis-Castelo e Muralha

  • Património a descobrir

    - Castelo e muralhas – monumento nacional, foi construído em 1223, aquando da instalação da Ordem Militar de S. Bento de Avis. Das seis torres, restam apena três – a Torre da Rainha, a de AS. Pedro e a de Stº António. Restam também alguns panos de muralha.

    Avis-Castelo, Torre da Rainha        Avis - Torre stº António       Avis - Torre de S. Roque

    Dentro do Castelo, vê-se as placas da Rua e Trav. da Mouraria, esta datada do séc. XIV e que ficavam ao lado da judiaria, provando a existência daquelas minorias étnicas.

    Avis - Mouraria_Judiaria

     - Igreja Matriz - Edificada no século XV, foi remodelada no século XVII, períodos de que datam as mais interessantes peças do seu recheio. Fica situado na Praça Velha e tem as paredes interiores revestidas de azulejos do séc. XVII.
    - Convento de S. Bento - reconstruído no Séc. XVII, tal como a Igreja Conventual. Num dos altares, uma velha imagem da Srª da Orada, que a tradição aponta ter sido oferecido por Nuno Álvares Pereira. A Capela-mor tem bela talha dourada e a sacristia é coberta por uma abóbada artesoada.

    Avis - Convento de S. Bento

    - Pelourinho - Construído na segunda metade do século XVI e ostentando uma cimalha onde se destacam os mascarões (ornato de pedra em forma de carranca, usado em arcadas, cimalhas, chafarizes, etc.) e uma águia, símbolo do concelho.

    Avis - Pelourinho

    - Capela da Misericórdia - Cuja estrutura actual data do século XVIII, conservando-se na primeira uma tela maneirista dos finais do século XVI, representando a Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel, atribuída a Simão Rodrigues, bem como uma imagem setecentista de Nossa Senhora dos Remédios.
    - Paços do Concelho, medievais.

    Avis - Paços medievais

    Freguesia de Alcórrego
    - Igreja de Stº António de Alcórrego – medieval, de uma só nave, com cabeceira orientada a Este, tem uma pequena sacristia, na fachada Norte; de notar uma imagem do patrono, Stº António, no altar-mor e, na parede sul uma pintura maneirista, representando uma Natividade, de finais do séc. XV, princípios de XVI. Neste mesmo lado, um retábulo barroco em que está representado S. Miguel Arcanjo.
    Aldeia Velha
    - Igreja de Stª Margarida - cerca de 1556 esta capela aparecia já no rol das propriedades da Ordem de Avis e, em 1608, o Prior mor do Convento de Avis, Frey Lopo de Sequeira, ordena o restauro desta igreja, que viria a ser a paroquial, dedicada a Stª Maria de Cortona. No altar, há uma imagem seiscentista, de Stª Margarida, que é a padroeira da freguesia.
    - Ermida de Nª Srª da Rabaça – mandada construir pelos habitantes, no séc. XVII.
    Freguesia de Benavila
    - Capela de Nª Srª de Entre Águas – o nome da Capela deriva do facto de se situar na confluência de duas ribeiras, a da Seda e a da Sarrazola. Dentro existe uma lápide classificada como Monumento Nacional. Foi igreja Paroquial, tendo posteriormente esta competência sido transferida para a Igreja de S. Sebastião. Documentos datados do séc. XVI dizem que a igreja foi edificada sobre seis esteios em arcos de cantaria e o tecto madeirado e com telha vã. O culto das água, ritual pagão, continuou a ser efectivado durante o período romano, o que atesta a inscrição dedicada a “Lobesa”, na fachada Este do velho cenóbio. De notar, o átrio, destinado a albergar os fiéis, em peregrinação. No arco cruzeiro existem duas capelas, a do lado do Evangelho, dedicada a Santiago e a do lado da Epístola, dedicada a Santa Ana. Na capela de Nª Srª de Entre-Águas havia o costume de pedir às meninas casadoiras para, com os olhos fechados e a uma distância considerável da imagem de S. Pedro, tentarem acertar, com o dedo indicador na chave que o Santo segurava na mão, à medida que caminhavam na sua direcção – o dia do casamento, para as raparigas que decidam participar neste ritual, estará tão breve quão próximo ficar o dedo do orifício da chave.
    - Igreja Paroquial de S. Sebastião – os habitantes de Benavila exigem a construção de uma igreja, por volta do ano de 1570. De facto, a igreja agora existente foi construída em finais dos séc. XVI, início do séc. XVII. Tem como orago S. Sebastião, é de uma só nave, simples, com uma fachada com portal de vergas rectas, em cantaria, estando em destaque um pedaço liso, central, com uma representação da cruz da Ordem de Avis, que é repetida, no interior, na base dos altares. O culto de S. Sebastião é alargado, a partir da Idade Média, aquando das sucessivas vagas de pestes, na Europa. Esta igreja paroquial foi inicialmente, no séc. XVI, uma ermida.
    - Museu Rural da Fundação Abreu Callado – Fundação criada em 1948 pelo Dr. Cosme de Campos Callado, é uma instituição Particular de Solidariedade Social cuja actividade assenta na agro-pecuária, com destaque para a vitivinicultura, como apoio ao seu funcionamento. Dos trabalhos e investigação resultaram vinhos de qualidade, comercializados sob a marca “Abreu Callado”. Simultaneamente, foi criado um espaço museológico que tem como tema os trabalhos agrícolas, denominado Museu Rural Fundação Abreu Callado.
    Freguesia de Ervedal
    - Igreja de Ervedal – foi edificada no Séc. XVI, sendo de notar um portal e um janelão. Foi muito modificada, nos sécs. XVII e XVIII. Tem por orago S. Barnabé.
    Freguesia de Figueira e Barros
    - Igreja Paroquial de S. Brás – fica situada na parte alta da vila e é um templo bastante simples. É já referida, em documento da Ordem, em 1382. Sofreu modificações nos séc. XVII e, posteriormente, no séc. XVIII, embora sejam as primeiras as mais visíveis. Tem por orago S. Brás, cuja imagem pode ser vista no altar principal.
    Freguesia de Maranhão
    - Conjunto Megalítico da Ordem – no Monte da Ordem fica o conjunto megalítico conhecido como Antas da Ordem. Seis dessas antas ficam na margem direita da Ribª de Almadafe, 400 m a SW do referido Monte, sendo que a sétima fica na margem esquerda, já fora do Concelho de Avis. Para além deste conjunto, existem algumas outras antas.

    Avis - Exemplo das Antas no Cconcelho

    - Igreja de S. Simão – é um templo circular, com capela mor também circular, decorada no cúpula com pinturas murais representando a Paixão de Cristo, embora numa tipologia de influência árabe.
    Freguesia de Valongo
    - Igreja Paroquial de Valongo – é simples, rural, datando do Séc. XIII. Na Capela-mor vemos umas pinturas murais muito interessantes, e a imagem do padroeiro, S. Saturnino.
    - Aroeira centenária – fica junto à igreja e é o ex-libris da freguesia.
    O artesanato é outra forma de património. O de Avis é rico, com artefactos em:
    - madeira - miniaturas de utensílios agrícolas
    - cortiça - como os cochos e os tarros e alguns objectos decorativos

    Artesanato - cortiça

    - o chifre – antigamente faziam-se córneas para levar sal, azeite, azeitonas ou mesmo pólvora, hoje é só elementos para decoração
    - a pele – acessórios e calçado, como os tradicionais safões, utilizados nos trabalhos agrícolas
    - rendas, bordados e pinturas.

  • Gastronomia

    A gastronomia de Avis assenta, como toda a alentejana, no porco, borrego, vitela, sopas e açordas, migas e… nos doces conventuais, sempre “de comer e chorar por mais”, como diz o ditado. É também espelho das tradições ancestrais e assenta na riqueza natural e nas actividades características do concelho, como a caça e a pesca. Dos pratos típicos, podemos destacar a açorda alentejana, a sopa de cachola, o gaspacho, as migas de espargos com entrecosto, os pézinhos e orelha de coentrada, o ensopado de lebre e de borrego, achigã grelhado e carpa assada e… nos doces regionnais, temos a boleima, nógado, azevias e cavacas.

    Migas com Entrecosto

    Na região é também produzido algum vinho, de casas conceituadas, como Fuscaz, Quinta de Sant’Ana, Casa de Sarmento, e a já referida Fundação Abreu Callado. Produzem-se também alguns licores como o de poejo, de tangerina e de mirtilo.

    Fritos e Doces - Avis

  • Feiras, Festas e Romarias

    - Festival de Folclore – Alcórrego – 1º Sábado de Julho
    - Festa em honra de Stª Margarida – Aldeia Velha – 1º fim de semana de Agosto
    - Festa em honra de Nª Srª de Entre Águas – Benavila – último fim de semana de Julho
    - Festas em honra de S. Barnabé – Ervedal – 4º fim de semana de Agosto
    - Festa em honra de S. Brás de Figueira e Barros – 2º fim de semana de Agosto
    - Festas do Maranhão – durante o mês de Agosto
    - Festas em honra de S. Saturnino – Valongo – 3º fim de semana de Julho

  • Acessos e Distâncias
    LISBOA 165 km PORTO 294 km
    Aveiro 235 km Guarda 217 km
    Beja 147 km Leiria 145 km
    Braga 344 km Portalegre 59 km
    Bragança 390 km Santarém 104 km
    Castelo Branco 120 km Setúbal 129 km
    Coimbra 183 km Viana do Castelo 365 km
    Évora 66 km Vila Real 364 km
    Faro 319 km  Viseu 271 km
  • Itinerários Possíveis

    Itinerário 1
    Avis (A) – Maranhão (B) – Alcórrego (C)– Casas Altas (D) – Avis (E)

    Visita de Avis,  dos seus pontos de interesse, bem como os das freguesias e localidades indicadas. Ver o património disponível e, sobretudo a paisagem envolvente. Especial atenção para a Barragem do Maranhão, e o que pode oferecer, no Complexo Náutico de Avis

    Total de km - 33 km
    Tempo de percurso - 41 minutos, só o tempo de condução
    Estradas - por estradas nacionais e municipais

    Itinerário 1

    Itinerário 2
    Avis(A) – Ervedal (B) – Figueira e Barros (C) – Benavila (D)  – Avis ( E)

    Visita de Avis e das freguesias indicadas e dos respectivos patrimónios. Para além do património,  merece também atenção a paisagem envolvente.

    Total de km - 39 km
    Tempo de percurso - 42 minutos, só o tempo de condução
    Estradas - por estradas nacionais e municipais

    Itinerário 1

    Itinerário 3
    Avis – Valongo – Avis

    Visita de Avis e das freguesias indicadas e dos respectivos patrimónios. Para além do património,  merece também atenção a paisagem envolvente.

    Total de km - 35 km
    Tempo de percurso - 33 minutos, só o tempo de condução
    Estradas - por estradas nacionais e municipais

    Itinerário 3

    Itinerário 4
    Avis – Aldeia Velha  – Avis

    Visita de Avis e das freguesias indicadas e dos respectivos patrimónios. Para além do património,  merece também atenção a paisagem envolvente.

    Total de km - 29 km
    Tempo de percurso - 28 minutos, só o tempo de condução
    Estradas - por estradas nacionais e municipais

    Itinerário 4

     

  • Parceiros ACP

    PARCEIROS ACP
    Abaixo estão os links para todos os parceiros existentes no Distrito de Portalegre, a que Avis pertence, e que oferecem descontos aos sócios, mediante a apresentação do cartão de sócio.
     
    Hotéis 
     - Solares
    - Turismo Rural   

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