Porquê Estremoz?
No centro do Rossio Marquês de Pombal, em direção ao Pelourinho quinhentista, vários são os mercados tradicionais com cheiro típico a produtos da terra. Mais à frente, lojas de antiguidades, cafés e restaurantes embelezam a cidade com o seu ambiente familiar e convidativo. À esquerda, uma larga escadaria até à Porta do Sol, também apelidada de Porta da Frandina, uma das portas principais da cerca medieval mandada construir por D. Afonso III em 1261.
Estremoz é uma mistura perfeita entre o local e o histórico — encontro entre a vida pacífica longe dos grandes centros urbanos e o legado de tempos passados. Localizada no distrito de Évora, à saída de Arraiolos, a cidade tem pouco mais de 12 mil habitantes e é famosa pelo trabalho árduo das suas gentes nas vinhas e nos olivais.
Mas há outro elemento que dá uma identidade distinta, que também é reconhecido internacionalmente: o mármore, o ouro branco do Alentejo e uma presença exímia nos lavatórios esculpidos de forma manual, nas mesas desenhadas à medida e nas banheiras. As jazidas estremocenses, abertas ao público, contam com séculos de história, edificando o Templo Romano de Évora, assim como a sua Catedral.
A história sempre presente
Uma das muitas pousadas de Estremoz
O famoso baloiço com vista panorâmica
Estremoz aberta para o mundo
Conheça a história
Estremoz teve importância na formação de Portugal, tendo sido palco de inúmeros acontecimentos marcantes. Em 1336 viu morrer a Rainha Santa Isabel, que tinha por hábito passar longos períodos na povoação.
Durante as lutas pela independência, Estremoz foi local de aquartelamento das tropas de Nuno Álvares Pereira. Mais tarde, também sob as reconquistas lusitanas da Guerra da Restauração, foi daqui que o exército português partiu em direção a Elvas, que na altura se encontrava cercada por tropas espanholas. O confronto espoletou as dolorosas Batalhas das Linhas de Elvas, do Ameixial e de Montes Claros.
Séculos mais tarde, no decorrer da Guerra Civil Portuguesa, entre liberais e absolutistas, foi aqui que ocorreu o chamado "Massacre dos Armazéns", no qual pereceram, assassinados às mãos da população e do Exército, mais de 30 presos liberais. Esta violência findou em 1834, com a assinatura da Convenção de Évora Monte, também em Estremoz.
No século XX, a localidade manteve a sua relevância no panorama político-social português. A 25 de abril de 1974, as tropas do Regimento de Cavalaria 3 (RC3) saíram de Estremoz em direção a Lisboa, onde tiveram um papel fundamental na queda do regime ditatorial.
Cidade pintada de branco
Conhecida como a "cidade branca", Estremoz reconhece-se ao longe pelo seu casario branco, espalhado ao longo de várias colinas e abraçado por velhas muralhas. O mármore pinta uma paisagem notável e a extração da matéria-prima faz de Portugal um dos maiores exportadores do mundo – competindo, quase a mesmo passo, com Itália, Turquia e Irão. Este recurso, utilizado desde o Império Romano, atingiu o apogeu no período barroco, fazendo parte da construção de palacetes, estátuas, fontes e monumentos religiosos. Com o tempo, a sua função passou para a paisagem urbana, pois além de edifícios, é um elemento facilmente encontrado na construção da tradicional calçada portuguesa.
A Torre de Menagem, toda ela em mármore, é um motivo de orgulho da população estremocense: com cerca de 27 metros de altura, é flanqueada por torreões cilíndricos que, entre outros, incluem o pátio trapezoidal, a escadaria de acesso à Sala de Armas – com dois tipos de painéis de azulejo azul e branco – e a própria Sala de Armas, onde ainda existem algumas portas de talha dourada com escudos reais.
(autoria das fotos: OLIRAF)
Em busca dos sabores
O carácter predominantemente rural de Estremoz abre portas para criações de grande tempero, tendo como base a carne de porco e de borrego. Nesta terra, o ambiente cria a prática: a partir dos montados de sobreiros e de azinheiras, hortas, pomares e olivais, são criadas iguarias transmitidas ao longo de gerações e baseadas no que a natureza oferece.
A origem das ricas receitas culinárias vem de práticas tradicionais e caseiras, cujo consumo se tem espalhado um pouco por todo o país. O ensopado ou o cozido de borrego com grão, a carne de porco à alentejana, as favas com chouriço, os pezinhos do porco de coentrada, as “burras” assadas no forno são alguns exemplos de uma cozinha que é muito mais do que sabores fortes – é também um conjunto de memórias familiares e vizinhas. Há um grande uso de ervas aromáticas recolhidas dos campos: poejo, hortelã, orégãos, coentros, que – cobertas com um fio de azeite e absorvidas pelo miolo do pão caseiro – não só embelezam os pratos, como proporcionam uma experiência sensorial única.
A doçaria tem o mesmo efeito, confecionada à base de gemas de ovos, amêndoas e gila. Não deixe de levar consigo um “Gadanha” ou um “Rainha Santa”, duas das sobremesas mais famosas de Estremoz.
O Restaurante Pousada – Castelo de Estremoz é o espaço ideal para atestar de gastronomia tradicional. A imponência da pedra confere um monumentalidade acrescida à refeição. Saboreie sem pressas e dê a devida atenção ao pedaço de Alentejo ao seu redor. Se for sócio ACP, pode contar com desconto até 15% quer no restaurante, quer no bar.
Onde ficar
Basta um breve olhar para ficar rendido. A fusão entre natureza e arquitetura é o aspeto mais apelativo da Pousada Castelo de Estremoz, a não perder em Estremoz. Relaxe na piscina, refresque-se no bar ou passe tardes soalheiras com um livro na mão. Se fizer a sua reserva em booking.com, terá um desconto até 10% com o cartão ACP.
Outras perspetivas
- Tradicional e genuíno
O mercado tradicional de Estremoz, um ex-líbris da cidade, acontece todos os sábados de manhã, no Rossio Marquês de Pombal. Com frutas, legumes, queijos, enchidos, aves de capoeira e artesanato, a cidade sai à rua e fascina milhares de visitantes. Aqui, as verduras são tão frescas quanto os produtos originais, isto porque pode adquiri-los diretamente das mãos dos produtores.
Mas o encanto não fica por aqui. Através dos objetos e artigos expostos nas bancas improvisadas ou até mesmo no chão, a Feira de Antiguidades e Velharias dá oportunidade de viajar no tempo: bordados, mobiliário, porcelanas, cobres, livros, discos, selos, faianças e grafonolas são exemplos do que se pode encontrar.
- Da adega até casa
“Raramente um bom vinho é fruto do acaso”. A experiência de João Portugal Ramos leva-o a acreditar que um vinho reflete a natureza da terra que o viu nascer. Com a João Portugal Ramos Vinhos tem a oportunidade de conhecer em primeira mão o trabalho dos produtores de Estremoz. Os sócios ACP usufruem de desconto até 10% nas entregas ao domicílio e em todos os programas de Enoturismo da marca (visitas, provas, almoços, entre outros programas).
Um dia em Estremoz
Sugestões de itinerários
Sugestão de itinerário 1 I 59 km
Tempo do percurso I 56 minutos, tempo de condução
Além do rico património urbano e cultural, não deixe de visitar São Domingos de Ana Loura, uma freguesia onde o rural ainda é a regra.
Sugestão de itinerário 2 I 74km
Tempo do percurso I 1h23 minutos, tempo de condução
Saia de Estremoz e conheça o imponente património de Évora Monte. Dê um salto à Serra d' Ossa e preste atenção às antas que proliferam.
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