Bragança
- Castelo de Bragança e Cidadela – o castelo, medieval, foi construído no séc. XII, no alto de Benquerença, pertencente aos Monges Beneditinos do Mosteiro de Castro de Avelãs, para defesa do local e também da nossa fronteira e identidade. As muralhas que rodeiam a cidadela fizeram parte do plano de defesa e também do sucessivo aumento da população. Do Castelo podemos salientar a Torre de Menagem e a Torre Princesa. Especial destaque para a Torre de Menagem, gótica, a destacar-se bem do conjunto, não só pela altura, como pelos cantos arredondados do seu coroamento. Na fachada, tem a pedra de armas da casa de Avis e é nela que está instalado o Museu Militar
- Domus Municipalis – fica na Cidadela, junto ao Castelo e à Igreja e é exemplar único na Península Ibérica da arquitetura Românica civil. Foi construída no séc. XII, como o Castelo, para funcionar como cisterna. Foi depois adaptada a Paços do Concelho, este edifício suis generis quer pela arquitetura quer pela decoração.
- Pelourinho – é mais conhecido por “porca da vila”, porque a coluna cilíndrica encimada por capitel românico assenta na figura de uma porca, um berrão, datada da pré-história
- Igreja de Stª Maria – fica entre o Castelo e a Domus Municipalis, a igreja tem também origem românica. O restauro a que foi sujeita, no séc. XVIII dá-lhe um cariz barroco com o portal ladeado por colunas decoradas com folhas de vides e cachos. No interior tem uma belíssima pintura também do séc. XVIII.
- Igreja de Stª Clara– foi construído no séc. XVI e muito danificado durante a guerra da Restauração
- Paço Espiscopal – é un edifício onde chegou a funcionar a Assembleia Brigantina e que foi sede do Clube Regenerador, até 1905. Posteriormente foi adquirido pela Diocese Bragança – Miranda para ali acolher os prelados.
- Igreja da Misericórdia – foi construída no séc. XIV mas, só no séc. XVI foi entregue à Santa Casa da Misericórdia, após ter sido restaurada e ampliada. O altar-mor é maneirista, séc. XVII . Numa capela lateral, datada do séc. XVIII pode ver-se uma bela e rica imagem do Divino Senhor dos Passos com túnica de veludo bordada a ouro.
- Igreja de S. Bento – foi construída no séc. XVI e era parte do Mosteiro do mesmo nome. Tem frontal barroco e pedra de armas da fundadora – D. Maria Teixeira. O teto é de madeira pintada, representando cenas bíblicas. O retábulo do altar mor é belíssimo exemplar da talha magnífica do séc. XVIII.
- Igreja de S. Vicente – românica, restaurada no séc. XVII, tem um portal renascentista. O Altar-mor é barroco, com rica talha dourada. Ao lado existe um painel de azulejos representando a proclamação do gen. Sepúlveda, em 1808, no patamar lateral da igreja, contra a invasão napoleónica e o chamamento, ao povo da região, para a combater. Diz a tradição que aqui teve lugar o casamento secreto de D. Pedro e D. Inês.
- Capela da Quinta de Santa Apolónia – a Quinta e a Capela ficam em plena cidade, no interior do Instituto Politécnico
- Capela da Srª do Loreto – data do séc. XVI, foi reconstruída no séc. XVIII, é uma boa representante da arquitetura maneirista e rococó.
- Capela da Srª da Piedade - fica junto à margem sul do rio Fervença, em plena cidade.
- Capela da Srª da Saúde – fica na mesma rua do Convento de S. Francisco, a Norte da Cidadela. É uma capela muito interessante
- Capela de Stº António – fica no antigo campo do Toural
- Capela de S. Lázaro – fica a nordeste da Cidadela. Não se sabe ao certo quando terá sido construída, tendo sido restaurada no início do séc. XX
- Capela de S. Sebastião – foi construída no séc. XVI e restaurada nos séc. XVII e XVIII. É um belo exemplar da arquitetura maneirista
- Capela do Sr. dos Aflitos – data do final do séc. XVIII, é uma capela bonita que fica localizada frente à ponte sobre o rio Fervença
- Seminário de S. José – é um edifício imponente, parte de uma grande propriedade, com um corpo central, perfeitamente destacado, por meio de cunhais de pedra.
- Igreja da Sé, antiga Sé Catedral e Cruzeiro Barroco – foi, inicialmente, um convento de Jesuítas, construído no séc. XVI, que funcionou também como colégio gerido pelos mesmos frades. Foi doada à coroa aquando da extinção das ordens religiosas. Pertenceu depois às mitras de Miranda e de Bragança, sucessivamente. Tem portal renascentista e, na Pç da Sé, em frente, pode ver-se um cruzeiro barroco, de 1689.
- Sé Catedral da Diocese Bragança-Miranda – decidida a construção em 1950, a nova catedral foi concluída em 2001. É a única Sé Catedral construída nos últimos 400 anos. Foi consagrada a Nossa Senhora Rainha e nela foram utilizados materiais da região como pedra, granito e xisto e, à volta foram plantadas árvores como a oliveira, a cerejeira e o castanheiro, representativas da flora local.
- Igreja e Convento de S. Francisco – de grande dimensão, data da época românica, tendo sido reedificado no séc. XVII. Pensa-se que terá sido edificada após a passagem de S. Francisco de Assis pela região, em peregrinação a Santiago de Compostela. A Rainha Stª Isabel protegia bastante este convento, por ter sido o primeiro que visitou, quando entrou em Portugal para casar com D. Dinis. A Capela de Nª Srª da Conceição, dentro do Convento, é profusa e ricamente decorado com talha dourada. Este Edifício funciona, hoje, como Arquivo Distrital.
- Edifício do Principal (no Lg. Principal) – foi mandado construir pelo Duque de Bragança, em 1594.É caraterístico, da altura tendo, na fachada quatro arcos redondos e varandins. Aqui funcionaram as cadeias, civil e militar e a Região de Turismo. Hoje aqui está instalada a sede da Liga dos Combatentes
- Palacete dos Calaínhos – setecentista, este solar tem uma pedra de armas sobre a porta principal, Fica na Praça da Sé
- Palacete dos Sá Vargas - é um solar do séc. XVII, brasonado, onde funcionou, em tempos o Banco de Portugal. Hoje lá funciona o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.
- Antigo Solar dos Teixeiras, hoje Biblioteca Fundação “os Nossos Livros” – casa brasonada do séc. XVII, nela se pode ver o brasão dos Teixeiras. A biblioteca disponibiliza muita informação sobre a História de Portugal, algumas raridades bibliográficas.
- Solar dos Pimentéis ou “Casa do Arco” – é um notável exemplar dos solares brasonados do séc. XVII.
- Teatro Municipal de Bragança – foi inaugurado em 2004 e construído mediante o projeto de um arquiteto português - Filipe Oliveira Dias
- Ponte das Carvas – construída durante a Idade Média, sobre o rio Sabor, fica num vale estreito. Está assente sobre três arcos quebrados de dimensões diferentes.
- Auditório Paulo Quintela – aqui esteve instalada a Câmara Municipal até 1982,altura em que passou a ser o Centro Cultural de Bragança. Hoje tem uma outra função.
- Edifício do Antigo Centro Republicano – é conhecido como o “Redondo”, devido à sua forma. Foi recentemente restaurado e é a sede do Clube de Bragança. Fica na Praça da Sé.
- Ponte do Jorge – tem um único arco, quebrado, e data de 1556. Liga as margens altas do rio Fervença.
- Ponte dos Açougues – assenta em três arcos redondos, esta ponte que data da Idade Média, embora tenha sido intervencionada na época moderna, mormente por via da instalação de saneamento básico.
- Fonte do Jorge – fica junto à Ponte do Jorge e é bastante interessante, com as armas do concelho.
- Fonte de S. Vicente – fica em plena cidade, na fachada da Igreja de S. Vicente. Nela se pode ver a inscrição da data de 1746 e um brasão com as armas reais
Freguesia de Calvelhe
- Igreja de S. Justo – matriz, foi construída em 1694, simples, com um pórtico liso e em esquadria.
Freguesia de Carragosa
- Igreja de Nª Srª da Assunção – matriz, data do séc. XVIII, barroca, com um cruzeiro no adro murado em que está integrada
- Igreja de S. Pedro – fica a Norte da freguesia
- Capela de S. Sebastião
Freguesia de Castro de Avelãs
- Mosteiro de Castro de Avelãs – data do séc. XII, construído pelos Monges Beneditinos foi muito importante para o povoamento daquela região, mormente no de Bragança. Manteve-se como o mais importante convento do Nordeste Transmontano, até ao séc. XVI. A igreja poderá classificar-se como românico cisterciense só apresente, nos dias de hoje a cabeceira, constituída pela abside e dois absidíolos, foi construída em barro, ao contrário de todos os monumentos na zona, que utilizam o granito. Em 1387 aqui pernoitou o Duque de Lencastre, quando veio ao Planalto de Babe, para se encontrar com D. João I, do que resultou o Tratado de Babe. A juntar à sua função religiosa, este bastante ligado ao reino de Leão, durante a Idade Média e recebeu peregrinos que demandavam Santiago de Compostela
Freguesia de Coelhoso
- Igreja de S. Tiago – matriz, fica a centro da povoação, frente ao “Berrão do Coelhoso”, tosca escultura antropomórfica em granito
- Fonte dos Milagres- fica próxima do “Berrão de Coelhoso” e é uma pequena edificação em cantaria onde em tempos os animais iam beber
Freguesia de Espinhosela
- Igreja de Stº Estêvão – matriz, data do séc. XIV, em estilo maneirista, está localizada em local elevado, a que se acede por uma escadaria
Freguesia de Faílde
- Igreja de Stº Ildefonso – matriz, de traça seiscentista.
Freguesia de França
- Igreja de S. Lourenço – matriz
- Igreja de Stº António – fica em plena Serra de Montesinho, junto à ribeira do Vilar
Freguesia de Gimonde
- Igreja de Nª Srªda Assunção – matriz, de traça simples e harmoniosa
Freguesia de Gostei
- Igreja de N. Sr. do Bom Despacho – barroca, foi construída no séc. XVIII. No interior altares com talha polícroma
- Pelourinho de Gostei – fica junto à Igreja e data, provavelmente, do séc. XIII
Freguesia de Grijó de Parada
- Igreja de Stª Maria Madalena – o portal românico indica a sua origem medieval
Freguesia de Izeda
- Igreja de Nª Srª da Assunção – construída em 1757, tem ima arquitetura bastante austera.
Freguesia de Macedo do Mato
- Igreja de Nª Srª da Purificação ou de Nª Srª das Candeias – matriz, é de arquitetura interessante, com um caraterístico campanário a encimar a fachada.
Freguesia de Mós
- Igreja de S. Nicolau – data do séc. XVIII e é revestida a pedra.
Freguesia de Nogueira
- Igreja de S. Pelágio - matriz
Freguesia de Outeiro
- Basílica de Santo Cristo – “Basílica” é um título concedido pela Santa Sé a algumas Igrejas, pela sua antiguidade ou por serem lugares de peregrinação – a promulgação do título teve lugar no dia 8 de Novembro de 2014, durante a comemoração dos 500 anos do 2º foral de Outeiro, outorgado por D. Manuel I, em 1514. Foi construída no séc. XVII e classificada como MN, em 1927. A fachada principal tem um portal geminado, encimado por rosácea e ladeado por duas torres sineiras. No interior, barroco, distinguem-se os altares de talha dourada e policromada
Freguesia de Paradinha Nova
- Igreja de S. Miguel – matriz, foi construída no séc. XIX
Freguesia de Pinela
- Igreja de S. Nicolau – neoclássica
Freguesia de Quintanilha
- Igreja de S. Tomé ou Igreja Velha – matriz, foi construída no séc. XVIII
Freguesia de Quintela de Lampaças
- Igreja de Nª Srª da Assunção – matriz
Freguesia de Rebordãos
- Igreja de Nª Srª da Assunção – é uma igreja de traça recente que tem, ao lado uma torre de dimensão desproporcionada
Freguesia de Rebordaínhos
- Igreja de Stª Maria Madalena – matriz, foi construída no séc. XIX
Freguesia de Rio de Onor
- Igreja de S. João Baptista - matriz, situada bem junto ao rio Onor.
Freguesia de Salsas
- Igreja de S. Nicolau – matriz, tem a fachada revestida a granito e, no interior, um belo teto pintado
- Capela de S. Roque – tem um nicho de alminhas que data de 1927
Freguesia de Samil
- Igreja de Nª Srª da Assunção – matriz, foi construída no séc. XVIII, barroca
- Igreja do Divino Senhor Cabeça Boa - bastante interessante, fica no lugar de Cabeça Boa.
Freguesia de Stª Comba de Rossas
- Igreja de Stª Comba – matriz, foi construída no séc. XVIII, como o indica a data de 1741, inscrita na fachada
Freguesia de S. Julião de Palácios
- Igreja de S. Bartolomeu – matriz.
- Fonte de Baixo – foi construída na Idade Média e já intervencionada posteriormente. É uma fonte de mergulho, com uma abóbada de granito, de volta perfeita, reforçada por xisto. À entrada, de ambos os lados e no interior, tem restos de frescos bastante degradados, embora no do lado direito se consiga ler a data de 1572, na inscrição.
Freguesia de São Pedro de Sarracenos
- Igreja de S. Pedro – matriz, construída no séc. XVI, é uma igreja de alguma dimensão, com um campanário em granito
- Fonte, sem referência de nome específico, fica localizada no interior da aldeia, mesmo junto à Igreja Matriz.
Freguesia de Sendas
- Igreja de Stº Antonino – foi construída no séc. XVI e profundamente alterada, mostrando uma arquitetura
barroca e rocócó
Freguesia de Serapicos
- Igreja de Nª Srª da Assunção – matriz, data do séc. XVIII
Freguesia de Sortes
- Igreja da Santíssima Trindade – de interessante traça e considerável dimensão foi construída em finais do
séc. XVIII inícios do XIX
- Igreja de S. Mamede
-Aldeia de Montesinho – fica a norte do concelho, mesmo junto à fronteira e na área do Parque Natural que ostenta o seu nome e o da serra próxima. Fica junto à ribeira de Vilar e próximo, foi construída uma barragem, a da Serra Serrada que favorece a pesca da truta e a observação das aves que por ali predominam como a águia real, o melro das rochas, entre outras. Perto, fica a localidade de Portelo, onde existe um complexo mineiro, agora inativo, mas que chegou a ser uma das minas de maior extração de estanho do nordeste transmontano e a mais produtiva, nos finais da década de 60 do século passado.
- Aldeia de Rio de Onor – fica também no Parque Natural do Montesinho mas, esta aldeia é atravessada pela fronteira… do outro lado da linha de fronteira está Rihonor de Castilla. Apesar de em países diferentes, o modo de vida daquelas populações é o mesmo, a agricultura e a posse comunitária de alguns bens, como moinhos, campos, rebanhos, a administração rural efetuada por dois mordomos, nomeados pelo conselho. Este, tem representantes de todas as famílias e é feita uma rotação cíclica, de modo a que todos exerçam aquelas funções. O rionorês é o dialeto próprio das gentes de Rio de Onor