Porquê Paredes?
Castelos, quintas, moinhos, igrejas, mosteiros medievais e solares brasonados são alguns pontos de atração que este município oferece; pontos estes que emolduram uma paisagem onde o antigo se mistura com o natural. E onde o moderno anda sempre à espreita. Entre serras e vales banhados por rios e ribeiras de águas cristalinas, há em cada canto vestígios de tradições passadas, que, com o passar dos tempos, resistiram à aproximação dos centros urbanos. Mas o misticismo de Paredes vive precisamente nesta dinâmica: numa conjugação vibrante entre o passado e o futuro – numa harmonia entre os costumes que nos remetem aos primórdios da nacionalidade e as práticas que colocam Paredes no centro do desenvolvimento industrial em Portugal (cerca de 60% do mobiliário português é aqui produzido).
Aqueduto e Tanques de Cimo de Vila
As raízes de uma região e a identidade de um coletivo
Marmitas de Gigante
A natureza crua nas margens dos rios Sousa e Ferreira
A população paredense é conhecida por uma hospitalidade que proporciona aconchego e uma dedicação ao trabalho que flui de geração em geração — qualidades já inerentes no ADN português. Este é o décimo concelho mais jovem do país, facto que foi relevante na construção de várias infraestruturas que hoje ligam Paredes aos seus vizinhos, facilitando a circulação de pessoas. As três autoestradas disponíveis (A4, A41 e A42) colocam a região em poucos minutos das principais saídas internacionais, como o Aeroporto Francisco Sá Carneiro e o Porto de Leixões. Para fora das fronteiras portuguesas, estas autoestradas constroem uma distância de apenas uma hora da Galiza. Já percebeu que o caminho até Paredes é fácil; agora, saiba o que está à sua espera.
Conhecer a história
Os Romanos foram os primeiros a ocupar o território, resultado das primeiras viagens migratórias para a Península Ibérica durante o século II A.C. O interesse pela expansão do Império levou-os às jazidas auríferas de Castromil e das Banjas, onde a busca pelo ouro fez-se a grandes e impressionantes níveis – visível nos numerosos poços, galerias e cortas.
No século X foi construído o antigo Julgado de Aguiar de Sousa, onde o atual Município de Paredes se assenta, numa elevação sobranceira ao rio Sousa. Este edifício apresentava-se como um espaço político, social e administrativo, exercendo domínio sobre a região.
Paredes sofreu uma mudança de cenário em 995, aquando das incursões pelos territórios ainda controlados pelos cristãos, o conquistador al-Mansur tomou de assalto esta fortificação. Como consequência, o domínio islâmico instaurou-se pela região e lá se manteve durante quase cem anos. Foi só na segunda metade do século XI que se sentiu um forte processo de “afirmação crescente de territórios e de novos grupos sociais”, dando desta forma origem às dessegregações da civitas de Anégia.
Já a partir dos finais do século XVI, as funções de Aguiar de Sousa migraram para Paredes, na altura situada na freguesia de Castelões de Cepeda. Durante a Idade Média, estas eram terras de várias divisões, organizadas por Honras, e habitadas essencialmente por famílias nobres. Estes privilégios fizeram com que, durante a crise liberal, e devido às diversas reformas administrativas, Baltar, Louredo e Sobrosa ascendessem a Conselho, como consequência da reorganização de Passos Manuel – altura em que também foi criado o Concelho de Paredes. Aguiar de Sousa recebeu foral em 1269, confirmado por D. João I. Com esta configuração, Paredes passou a vila em fevereiro de 1844, data do Alvará Régio de D. Maria II, após reunir condições necessárias para sustentar tal categoria.
Os trabalhos e o aproveitamento da madeira fizeram com que Paredes se destacasse com distinção no mercado nacional. Desde o século XIX que a exploração florestal foi a principal causa do surgimento de engenhos hidráulicos de serração, instalando-se ao longo dos cursos de água, um pouco por todo o concelho. O século seguinte viu já melhoramentos tecnológicos desta atividade: as serrações com caldeiras a vapor começaram a ganhar popularidade com o aparecimento da energia elétrica. A partir daqui, a marcenaria assumiu-se cada vez mais como uma atividade predominante, cujo costumes passam de geração em geração.
Paredes vê a indústria do mobiliário como um eixo estratégico, representando cerca de 30% da produção nacional. A dinamização do concelho através do crescimento da empregabilidade nesta área amplificou a demografia e a economia da região; desta forma, em 2003, as freguesias de Baltar, Cete, Recarei, Sobreira e Vilela foram elevadas a vila, enquanto as de Gandra, Lordelo e Rebordosa foram elevadas à categoria de cidade.
Nos dias de hoje – e resultado de uma nova organização administrativa que ocorreu em 2013 – o concelho de Paredes viu algumas das suas terras agregarem-se, contabilizando um total de 18 freguesias. Em setembro do mesmo ano, o município foi integrado na Área Metropolitana do Porto.
Em busca dos sabores
A gastronomia de Paredes fixa-se nos bons produtos da terra, nos animais criados de forma orgânica e familiar, e nas tradições que veem há vários anos o município crescer. Ao visitar os principais restaurantes, o cabrito assado com arroz de forno, feito num alguidar de barro, é um prato que sem dúvida vai querer provar.
Se tiver espaço para uma sobremesa, é importante falarmos sobre a famosa sopa seca: especialmente preparada na altura das vindimas, e composta essencialmente por pão, açúcar, canela e hortelã. É feita uma calda aromatizada com canela e hortelã em que depois o pão é mergulhado e retirado para um recipiente de modo a ir ao forno. A seguir, este conjunto é colocado em camadas, cada uma delas polvilhadas com canela, e são tostadas no forno. Serve-se quente e o cheiro faz com que seja impossível ficar-se indiferente a esta iguaria.
E se é de doces que gosta, vai querer experimentar o Cavaco, criado para simbolizar os pedaços de madeira desperdiçados na indústria mobiliária. Baseado na doçaria antiga, é constituído por uma massa de pão doce, enrolada em forma paralelepipédica e recheada com creme de ovos, castanhas moídas, açúcar, canela e limão. As castanhas, produtos da terra, são utilizados como toppings, dando um toque bastante característico.
Onde ficar
O Countryside Villa near Porto está situado em Paredes e proporciona uma experiência única para que possa descansar ao máximo. À sua disponibilidade pode encontrar bicicletas gratuitas, uma piscina exterior e ainda um salão partilhado. O Meu Hotel Porto Gandra também é uma ótima seleção, pois aposta no bem-estar físico e mental – com a presença de um centro de fitness –, para uma experiência autêntica no norte do país. Lembre-se: se fizer as suas reservas através do Booking tem 10% de desconto em cartão ACP.
Outras perspetivas
Percursos Pedestres: passear por Paredes pode-se revelar uma experiência verdadeiramente fascinante. Dispersos por todo o concelho, encontramos pontos de interesse quer paisagísticos, quer arquitetónicos merecedores da nossa atenção. Nestes passeios que propomos, poderá descobrir a riqueza do património do concelho e desfrutar da beleza dos inúmeros espaços verdes que Paredes tem para oferecer.
- Trilho de Louredo da Serra - Rota dos Brasileiros de Torna-viagem
- Percurso da Peregrinação
- Percurso Pedestre “Caminhos de Sobrosa”
- Trilho de Alvre
Um dia em Paredes
Itinerários possíveis
Sugestão de itinerário 1 I 52km
Tempo de percurso I 1h9min, só o tempo de condução
Uma visita a Paredes pelos principais pontos de atração do seu património, entre freguesias e alguns lugares indicados. Aqui a gastronomia não está esquecida.
Sugestão de itinerário 2 I 37 km
Tempo de percurso I 1 hora, só o tempo de condução
Um itinerário que percorre de forma muito completa as principais freguesias de Paredes. Entre Vila Cova de Carros, Vandoma, Louredo, paisagens de tirar a respiração não faltarão nesta viagem.
Sugestão de itinerário 2 I 29 km
Tempo de percurso I 46 minutos, só o tempo de condução
Uma visita que dá valor ao património, à paisagem e aos vários prazeres da mesa que Paredes tem para si. Para sair um pouco dos sítios habituais, e que tal uma visita ao circuito de Baltar?
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