Vila Pouca de Aguiar
- Antiga Igreja Matriz – é uma pequena igreja, simples, com um frontão sobre a porta que é ladeada a sul pela torre, com quatro grandes sinos. No interior, as arcadas laterais, em granito, dão-lhe alguma imponência e as pinturas, no teto, representando quatro evangelistas são também de notar. Data de 1744.
- Capela do Senhor – foi construída entre os séc. IX e X, com uma torre sineira, imponente, que se destaca na vila.
- Museu Municipal de Vila Pouca de Aguiar – aqui é contada a história desta região. Está instalado num edifício histórico, antiga Casa do Condado, mostra coleções arqueológicas e relata muito sobre a exploração do granito, ouro e águas minerais.
- Recinto Fortificado de Cidadelhe – na freguesia de Vila Pouca de Aguiar, ergue-se no topo de um cabeço da Serra do Alvão, sobranceiro ao Rio Avelames, ao Vale de Vila Pouca de Aguiar e à aldeia de Cidadelhe, com uma localização que lhe confere domínio de toda a zona envolvente.
- Miradouro do Minhéu – fica na Serra do Alvão, a 1200 m. alt. e a 5 km de Vila Pouca de Aguiar, permitindo observar a paisagem da montanha em volta
- Miradouro de Nª Srª da Conceição – junto da igreja do mesmo nome, na Serra da Padrela, donde se pode ver toda a Vila Pouca de Aguiar, as bacias graníticas de Telões e de Pedras Salgadas e a Serra do Alvão
Freguesia de Alfarela de Jales
- Castro de Jales – este castro data da Idade do Bronze Final. Já nesta altura era um importante ponto de vigilância da região. Posteriormente, no período da ocupação romana, foi transformado numa cidadela, continuando a ser um dos castros mais importantes da zona.
- Pelourinho de Alfarela de Jales – data do séc. XVI, estando associado ao foral concedido por D. Manuel I, 1514. O Pelourinho é formado por base de degraus, coluna cilíndrica e capitel que exibe, num dos lados o escudo nacional com coroa.
- Fraga do Quelho – rocha de grandes dimensões com inscrições e marcações nela registadas, que se pensa serem do Neolítico, ocupação Romana e Idade Média. Está localizada em Alfarela de Jales.
Freguesia de Alvão
- Mamoa do Alto Cotorino – é um dos maiores monumentos megalíticos da região, situado em Carrazedo do Alvão. Está em bom estado de conservação e tem, próximo, outros sítios arqueológicos, como o de Chã das Arcas.
- Antas da Serra do Alvão – classificadas como MN desde 1910, ficam situadas numa planície junto ao rio Torno, próximo de Soutelo de Aguiar. O conjunto foi escavado por dois sacerdotes estudiosos da região – José Rafael Rodrigues e José Brenha – verificou-se que a necrópole teria, inicialmente, dez monumentos, dos quais metade foi destruída, eventualmente por via do aproveitamento para agricultura daqueles terrenos férteis.
- Igreja de Nossa Senhora da Assunção – uma igreja peculiar porque foi mandada construir por um emigrante a residir no Brasil, em 1750, como resultado de uma promessa feita. Foi construída em estilo tardo barroco, no lugar de Afonsim e lá foi sepultado o referido emigrante.
Freguesia de Bornes de Aguiar
- Termas de Pedras Salgadas ou Spa Termal de Pedras Salgadas – cedo os locais verificaram que as águas que brotavam daquelas fontes tinham o efeito de aliviar, sobretudo, os males do aparelho digestivo. No séc. XIX, esse conhecimento começou a expandir-se e ali começaram a acorrer muitos dos que sofriam do aparelho digestivo.
Em 1873, na Exposição Internacional de Viena de Áustria, o valor curativo da água das Pedras Salgadas é premiado e essa circunstância deu grande impulso à construção do Balneário Termal. Em sequência, foi constituída, em 1875, uma companhia para a exploração das águas, segundo uma proposta de um médico de Vila Real – Dr. Henrique Botelho e, em 1879 as Termas abrem ao público, sendo frequentadas pelas maiores celebridades de Portugal, na altura…
Pedras Salgadas é a origem da Água das Pedras, uma água única, capaz de proporcionar o mais completo estado de bem-estar, pelas suas características, a saber – hipersalina, bicarbonatada, sódica, gasocarbónica, ferruginosa e silicatada. É especialmente indicada para afeções do aparelho digestivo, particularmente do fígado e vesícula biliar, do aparelho respiratório e ainda metabólico-endócrinas.
Nos anos seguintes foram descobertas outras nascentes, de águas com as mesmas e curativas características. O Rei D. Fernando II, marido de D. Maria II, vai às Termas, em 1884. O sucesso continua e, em consequência, são construídos três hotéis dentre do parque, parte do complexo termal. Mais tarde, em 1906, D. Carlos também se submete ao tratamento de águas e, no ano seguinte, a linha de caminho-de-ferro, a Linha do Corgo, chega a Pedras Salgadas, o que deu um grande impulso à frequência das Termas de Pedras Salgadas e do seu belo Parque. Em 1910 é inaugurado o Casino das Termas e, apesar de ilegal, o jogo tem lugar.
Muito anos depois, as termas foram perdendo a sua importância, como local de lazer e social e só mesmo as pessoas muito necessitadas e viradas para aquele tipo de tratamento, as frequentavam. Estas, como quaisquer outras no País. Até que, a partir dos anos 90 do séc. XX, se apostou numa renovação dos estabelecimentos termais e diversificação de serviços, dando-se também um pouco de atenção à função “SPA”, mais virada para o bem-estar e a consequente beleza. Em 2009 renasce o Spa Termal de Pedras Salgadas e o arquiteto Siza Vieira remodela o edifício clássico da arquitetura portuguesa.
Para além dos hotéis incluídos no Parque das Pedras Salgadas, foram também implantadas no mesmo, as chamadas Eco Houses, cómodas, modernas e integradas no ambiente calmo do Parque.
- Centro Hípico de Pedras Salgadas – está localizado junto ao Parque Termal de Pedras Salgadas e dipõe de cavalariça com 32 boxes, picadeiro, campo com bancadas e área social com bares. Ali se podem praticar várias atividades como montar, passeio equestre, hipoterapia.
- Igreja de S. Martinho de Bornes – esta igreja fica situada num morro frente a Pedras Salgadas. Podem ver-se, nesta igreja, vários estilos arquitetónicos, comprovativos dos largos anos que demorou a sua construção – começou por ser construída em estilo românico e, dado que a construção se arrastou até à época moderna, podem ver-se elementos maneiristas e barrocos, como os retábulos de talha dourada. A planta longitudinal, com uma só nave, e a capela-mor são ainda as originais, emboras com algumas alterações motivadas pela iluminação do espaço
- Capela de S. Geraldo – fica na sede de freguesia esta capela originária do séc. XVI – São Geraldo, arcebispo de Braga, adoeceu quando passou por aquele preciso lugar e, infelizmente, acabou por falecer e, por isso, a capela ali foi construída e lhe é dedicada. Tem planta de uma só nave. A entrada é constituída por uma galilé assente em oito colunas.
Freguesia de Bragado
- Ponte de Ola – data da Baixa Idade Média. É uma construção imponente com três arcos e tabuleiro em granito, muito importante na época medieval.
Freguesia de Capeludos de Aguiar
- Capela de Vilarinho de S. Bento – esta capela é prova da tradição religiosa da região e, simultaneamente, da presença de ordens religiosa nesta terra de Capeludos. No caso, era a ordem beneditina. Esta capela foi construída em estilo maneirista. No interior, de destacar o retábulo mor e os caixotões em talha dourada barroca e, fora, pode ver-se um campanário construído à frente da igreja e desligado dela.
Freguesia de Gouvães da Serra
- Necrópole da Povoação – Sepulturas Antropomórficas da Necrópole da Povoação – a Necrópole é constituída por um conjunto de várias sepulturas, de tipos diferentes – antropomórficas, de cabeceira em arco de volta
Freguesia de Pensalvos
- Igreja de Santa Eulália –fica localizada em Pensalvos, é de raiz medieval, tendo sido muito alterada nos séc. XVII e XVIII. No interior, a decoração é rica, com retábulos de talha dourada e o teto coberto de pinturas a óleo, relatando várias passagens bíblicas. Do lado esquerdo do pórtico, em arco de volta perfeita sobre o altar pode ver-se uma bela imagem de “La Pietá” – escultura pungente da dor da mãe com o cadáver do filho encostado ao coração. A igreja está classificada como de interesse público, desde 2006.
Freguesia de Telões
- Castrelo de Aguiar da Pena – MN – fica nesta freguesia, na serra do Alvão, na aldeia de Castelo, conjugando a natureza granítica da serra com o engenho humano, que permitiu implantar o castelo num ambiente em que abundam os blocos graníticos. O castelo fica isolado, assente no afloramento granítico mais elevado da serra, dominando não só o vizinho vale fértil como as serras vizinhas. A localização deste castelo “roqueiro”, conferia-lhe duas vantagens, para a sua função de defesa da região – dificuldade de acesso e um amplo campo de visão da área envolvente.
O Castelo de Aguiar foi erigido, de acordo com os documentos existentes, na Baixa Idade Média, tendo estado ativo e operacional entre os séc. XIII e XV e tendo sofrido alterações no séc. XIV.
- Capela de Nª Srª das Dores – foi edificada em 1786. A sua importância deve-se ao facto de nela estar sepultados os restos mortais do Padre Manuel do Couro, missionário itinerante que vai de terra em terra ouvindo as confissões das gentes.
Freguesia de Tresminas
- Complexo Mineiro Romano de Tresminas – o conjunto foi classificado em 1997 como Imóvel de Interesse Público – este complexo de extração de ouro foi um dos mais importantes do Império Romano, durante os séculos I a III d.C.. Durante 250 anos procedeu-se a intensa exploração de ouro, neste Complexo Mineiro Romano de Tresminas , tanto a céu aberto e como subterrânea, num sistema de poços e galerias. Para além da exploração do ouro, o Complexo albergava também, simultaneamente, rico património natural resultante da conjugação do relevo acentuado, dos vales agrícolas, dos ventos a que estavam expostos e das espécies que os habitavam.
- Igreja Românica de S. Miguel - fica na localidade de Tresminas. Data do séc. IX esta esta igreja que apresente simultaneamente os estilos românico e gótico, toda em granito. Da estrutura, destacam-se os 48 cachorrões existentes nos alçados laterais.
Freguesia de Vreia de Bornes
- Via Sacra de Soutelinho do Monte – conjunto de sete cruzes de granito, simples, parte do conjunto religioso da aldeia.
Freguesia de Vreia de Jales
- Ponte Romana do Arco ou Ponte da Barrela – é uma ponte de um só arco, de volta perfeita, com tabuleiro lajeado e a que está ligada a correspondente via romana e, próxima, uma fonte romana. O conjunto constitui o mais importante monumento da região.
- Estátua-Menir da Barrela – na localidade de Barrela de Jales, pensa-se que date do final da Idade do Bronze ou já da Idade do Ferro. Esta estátua estava localizada junto à estrada romana que ligava Emerita a Aquae Flaviae
- Alto dos Canastros – na área da aldeia de Cerdeira de Jales, é um conjunto de espigueiros, de afloramentos graníticos, implantados numa zona alta, o que favorecia uma melhor ventilação para a secagem do cereal.