Presença habitual nas ruas da capital, os tuk-tuk estão, cada vez mais, na “mira” da autarquia.
Tudo começou em julho do ano passado, quando a Câmara Municipal de Lisboa anunciou que pretendia limitar os locais de estacionamento destinados aos tuk-tuk bem como o número de licenças a atribuir a este tipo de veículos.
Depois, a 6 de novembro, a autarquia aprovou o início da elaboração do projeto de regulamento dos veículos afetos à animação turística não pesados, entre os quais se incluem os tuk-tuk.
E agora, segundo avança o jornal Público, vai mesmo proibir a circulação destes veículos em 337 ruas de sete freguesias.
A proibição entra em vigor a 1 de abril e resulta de um despacho assinado pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Anacoreta Correia (CDS-PP), responsável pelo pelouro da Mobilidade.
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Esta medida visa sobretudo as ruas no centro histórico de Lisboa e o despacho determina a proibição de circulação em várias vias das freguesias da Avenidas Novas, Arroios, Penha de França, São Vicente, Santo António, Misericórdia e Santa Maria Maior.
É nas freguesias de Santo António, Misericórdia e Santa Maria Maior que se concentra o maior número de arruamentos barrados aos tuk-tuk através da colocação de sinalização vertical.
Em nota enviada ao Público, Anacoreta Correia explicou que o objetivo desta medida é “proteger os residentes da cidade em relação a excessos”.
Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, “é necessário ordenar a utilização do espaço público e a mobilidade da cidade para melhor conciliar a preservação de Lisboa e dos que nela habitam com a atividade do turismo e daqueles que nos visitam”.
Anacoreta Correia disse que o despacho com as zonas de restrição será, contudo, autónomo em relação ao novo regulamento dos veículos de animação turística, cuja elaboração foi aprovada a 6 de novembro.
Este novo regulamento está ainda a ser preparado, prevendo-se que as suas linhas gerais sejam conhecidas em breve, para depois entrar em discussão pública e ainda ser aprovada em reunião de vereação e pela Assembleia Municipal.
A intenção é limitar os locais de estacionamento dos tuk-tuk e o número de licenças a atribuir a este tipo de veículos, de forma a regular a atividade na cidade.
Agência Lusa