Quando a Porsche decidiu substituir o seu bem sucedido 356, até o departamento de vendas da empresa solicitou que não fosse "um carro fundamentalmente novo", numa tentativa de preservar os leais seguidores do 356. Em 1963, a Porsche revelou o 901, ou o 911 como o conhecemos hoje, e desencadeou uma linhagem que se estendeu ao longo de cinco décadas. Contudo, existe um protótipo pouco conhecido que se situa entre o 356 e o icónico Porsche 911.
Quando Ferry Porsche estava a tomar notas daquilo em que o novo modelo deveria consistir, rabiscou "Dois lugares com dois assentos confortáveis. Espelho retrovisor integrado nas asas. Entrada mais fácil". Este carro devia manter o seu carácter desportivo anterior, mas também oferecer uma melhor usabilidade no dia-a-dia.
Na altura, a Porsche não tinha um estúdio de design, o que significava que o aspecto final dos seus modelos era principalmente um resultado dos requisitos de engenharia. Algumas casas de design bem conhecidas apresentaram propostas para o novo modelo, mas Ferry rejeitou-as por não serem vincadamente Porsche. Os primeiros desenhos que o "chefe" da marca viu e que se aproximavam da sua visão para este modelo vieram do seu filho, Ferdinand Alexander Porsche, que foi responsável pelo protótipo 754 T7.
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Olhando para o carro ao lado de um 901, logo no início da parte expositiva do Museu Porsche, na Alemanha, é evidente a estreita relação de design entre os dois veículos. Os 754 iniciaram a tendência para o característico nariz plano e faróis salientes do 901.