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A Harley-Davidson que a marca nunca quis vender

| Revista ACP

Esta Racer dos anos 20 foi construída para as corridas e nunca chegou às mãos do público.

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Fundada em 1903, a Harley-Davidson ficou conhecida por se dedicar à construção de modelos de elevado desempenho. Mesmo no início do séc. XX, as suas criações já impressionavam para os padrões da época com a velocidade a ser um desafio constante para a marca.

Um desses exemplos foi a criação do modelo 17 8-Valve Racer em 1920, especialmente concebido para as corridas que a Harley-Davidson nunca quis vender ao público. Isto apesar de na época, a Federação de Motociclistas Americana que regulava as competições de duas rodas exigir que os motociclos de corrida também estivessem disponíveis ao público.

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Mas como o lendário construtor não queria este motociclo na estrada, atribuiu-lhe um preço demasiado elevado: 1.500 dólares. Valor quatro vezes superior ao que custava um modelo comparável. Para se ter uma ideia do que na época representava essa avultada soma, dava para alugar dois apartamentos em Nova Iorque durante mais de um ano.

O elevado preço e uma tiragem abaixo das 50 unidades, fizeram desta Racer da Harley um motociclo exclusivo das pistas onde deu cartas, nomeadamente nas 300 Milhas de Dodge City. Em 1921, tornou-se no primeiro motociclo a vencer uma corrida com velocidade média acima dos 160 km/h.

Atualmente apenas existe um punhado deste modelos no mundo e são vistos como verdadeiras raridades. Em 2015 foi vendida uma Racer na Austrália por mais de 400 mil dólares.

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