Marcello Gandini foi um lendário designer de automóveis que antes de mais ficou conhecido pela sua colaboração com a Lamborghini, onde foi o responsável pela criação de modelos icónicos como o Miura, Countach e Diablo, também desenhou outros automóveis marcantes como o Lancia Stratos, o Bugatti EB110 e o Fiat X1/9. Mas o talento de Gandini expandiu-se para outros projetos, muito além dos automóveis. Morreu aos 85 anos.
Nomeado designer-chefe da casa Bertone, entre meados da década de 60 até 1980, assinou as linhas do Alfa Romeo Montreal, do Maserati Khamsin, do Volkswagen Polo original e do Ferrari 308 GT4. Para depois se afastar e passar a trabalhar de forma independente.
Ainda colaborou com a Citroën no desenvolvimento do popular BX e com a Renault para projetar o hatchback 5 Turbo. Seguiram-se as criações igualmente notáveis do BMW Série 5, Lamborghini Espada e Cizeta-Moroder V16T. Mais recentemente, trabalhou com a TaTa Motors em 2017 para criar o TaMo Racemo, um protótipo desportivo que foi exibido no Salão Automóvel de Genebra.
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Foi depois de abandonar a Bertone que Gandini se dedicou a outras áreas bem distintas do universo automóvel desde desenhar motociclos, veículos comerciais, helicópteros, discotecas, residências e mobiliário, eternizando dessa forma o seu conhecido traço equilibrado.
No início de 2024, Marcello Gandini foi agraciado com o título honorário em engenharia mecânica pelo Instituto Politécnico de Turim. Durante o seu discurso de agradecimento, o designer italiano afirmou ser “a liberdade individual, a própria essência dos carros aos quais se acrescentam muitos outros elementos emocionais”. Palavras que, afinal, explicam a opinião de Gandini de que “os carros baratos podem ser tão bonitos quanto os caros”. Ainda durante a cerimónia deixou uma mensagem aos jovens desafiando-os a ousar. “Lutem para nunca fazerem o que alguém já fez”.