Antes da II Guerra Mundial a condução, sobretudo os grandes carros de luxo estava a cargo dos motoristas particulares. Uma tarefa que muitas vezes exigia esforço quando se tratava de girar o volante para mudar de direcção. Mas depois do conflito as mentalidades começavam a mudar com cada vez mais pessoas a desejarem sentar-se ao volante dos seus próprios veículos.
E se pensarmos mais no mercado norte-americano da época, lembramo-nos de que os carros eram grandes e pesados, difíceis de conduzir quando se queria mudar de direção. Foi então que a Chrysler apresentou em 1951 um modelo equipado com direcção assistida, com o nome de Hydraguide no Chrysler Imperial daquele ano. Era um carro de luxo que chegou a custar meio milhão de dólares em algumas das suas versões e que pesava quase três toneladas. Por isso, se havia carro que necessitava de apoio na direção era este.
Quatro anos depois, foi a vez de surgir na Europa um modelo também equipado com este sistema: o Citroën DS/ID, revelado no Salão de Paris em 1955.
Excluindo os carros de alta gama, até aos anos 90 do século passado a direção assistida não fazia parte do equipamento de série nos modelos mais comuns mas depois foi sendo disponibilizado, sendo que actualmente se estende a todos os veículos comercializados.
O último carro a resistir à direção assistida foi o Alfa Romeo 4C que surgiu em 2013. Pensavam os seus designers que por se tratar de um puro desportivo devia renunciar a este equipamento, o que para muitos terá contribuído para que o modelo italiano nunca tenha sido um grande sucesso de vendas a nível global. Sobretudo, no mercado norte-americano onde a marca esperava que se tornasse numa referência.