O Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, recebeu o Encontro de Clássicos Franceses, uma organização do ACP Clássicos. Sete dezenas de preciosidades sobre rodas reviveram diferentes eras do automóvel, em Portugal.

Marcas como a Alpine, Citroën, Peugeot, Renault, Simca e Talbot tornaram-se parte da vida de milhões de condutores, em Portugal, ao longo de décadas. Muitos tornaram-se aficionados de modelos que também foram determinantes para a democratização do automóvel. Essa cultura, em torno dos carros franceses, foi o mote do Encontro de Clássicos Franceses. Uma organização do ACP Clássicos que, este ano, levou sete dezenas de exemplares ao Museu Nacional dos Coches. Um número superior ao de 2023 e que confirma a popularidade do conceito, onde proprietários e aficionados se encontram e trocam experiências sobre os seus ‘tesouros’ sobre rodas.

E não faltaram motivos de interesse no parque automóvel estacionado em frente ao Museu Nacional dos Coches. Vários Citroën 11BL da década de 1940 assumiram um papel de destaque, ao lado de dois raros DS descapotáveis. Um belíssimo Alpine Renault A110 concentrou atenções de miúdos e graúdos, remetendo para as famosas vitórias da marca francesa nos ralis. Pela raridade, um Simca Aronde descapotável também ganhou um lugar especial no encontro. As populares ‘Joaninhas’, como eram conhecidos os Renault 4CV em Portugal, fizeram-nos recuar às décadas de 1950 e 1960, estabelecendo um curioso contraste com um exuberante Citroën SM, modelo saído da colaboração entre a Citroën e a Maserati.

Mas o presente (e o futuro) da indústria automóvel francesa estiveram, igualmente, em exibição, com alguns recentes modelos da Citroën, DS, Peugeot e Renault, impossíveis de vislumbrar para pioneiros como o Conde D’Avillez que, em 1895, importou o primeiro automóvel a circular em Portugal: um Panhard & Levassor construído em França, que agora abrilhanta o espólio do Museu Nacional dos Coches.

De máquinas centenárias, às criações mais contemporâneas e sofisticadas, o charme dos automóveis franceses deixou a sua marca nas centenas de entusiastas que passaram pelo Encontro de Clássicos Franceses. Nova viagem no tempo está marcada para 2025.