Os adeptos dos ralis podem a partir de agora conhecer ou rever alguns dos mais emblemáticos carros que fizeram história em grandes provas no século passado. “The Golden Age of The Rally” é a exposição que reúne 19 desses verdadeiros ícones da competição no Museu Nacional do Automóvel em Turim. Até 2 de maio de 2023, os visitantes vão ter a oportunidade de reviver grandes momentos desta disciplina do desporto automóvel durante quatro décadas. Desde logo, os duelos inesquecíveis entre a Lancia e a Audi ou a Ford e a Subaru, que marcaram o Campeonato do Mundo de Ralis.
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Mas esta exposição apela ainda a outros sentidos, desafiando o público a ter um “contacto físico” com o mundo dos ralis através de plataformas que simulam as superfícies dos pisos onde pilotos e máquinas competiram nas mais emocionantes provas pelas areias do Saara até à neve do Col de Turini, passando pelo asfalto de sinuosas estradas em diversas zonas do mundo.
Aos modelos expostos junta-se a projeção de vídeos das corridas mais emblemáticas, onde se fazem ouvir o ronco dos motores levando os visitantes a viajar no tempo em direção a uma época dominada pelo desafio dos limites. Um patamar que teve como protagonistas Biasion, Mäkinem, Kankkunen, Mouton ou Sainz, cujos desempenhos estão registados num hall da fama especialmente montado para esta exposição e que pretende atrair diferentes públicos, oferecendo também novas abordagens a quem já é adepto deste desporto automóvel.
São várias as salas que recordam esses 40 anos de história dos grandes ralis. Os anos 60 estão representados através de carros como o Mini Cooper S (1966), o Ford Cortina Lotus (1966) ou o Ford Escort RS Miki (1969). Os anos 70, com o Porche 911 ST (1970), o Lancia Fulvia Coupé HF 1.6 (1970), o Fiat 124 Spider (1971), o Alpine Renault A110 (1973), o Lancia Stratos (1976) e o Fiat 131 Abarth GR.4 (1978).
Seguem-se as estrelas dos anos 80 e 90 como os famosos Lancia com decoração Martini Racing - Lancia Rally 037 (1984), o Lancia Delta S4 (1986), o Lancia Delta HF Integrale 16v (1990), o Lancia Delta HF Evoluzione Safari (1992) contra seus arquirivais Audi quattro (1981), Renault R5 Turbo (1981), Peugeot 205 Turbo 16 (1986), que para esta mostra foi cedido pelo museu da marca em Sochaux e o Toyota Celica GT-4 ST165 (1990). Dois exemplares raros completam a exposição: um protótipo do Fiat X1/9Abarth e um Fiat Punto S1600.
Quase todos os carros fazem parte da coleção de Gino Macaluso, um empresário, designer e piloto de ralis. Esta exposição contou com a colaboração de Miki Biasion, o único piloto italiano a vencer o Campeonato do Mundo de Ralis duas vezes, em 1988 e 1989.