Fotos: Ian Wells
O Mercedes-Benz 600 Pullman (versão longa do 600) foi considerado nas décadas de 60 e 70 uma obra-prima de engenharia e opulência da marca pelas suas dimensões, que podiam chegar aos 6,25 metros e ter seis portas laterais e excelente desempenho graças ao motor V8 de 6,3 litros e ao conforto proporcionado pela suspensão pneumática. Era um automóvel de luxo ao nível dos Bentley e Rolls Royce só ao alcance de celebridades, como John Lennon que adquiriu este modelo que vai agora a leilão. Trata-se de um exemplar cheio de história – e muita música – a avaliar pelas estrelas da música que já o tiveram nas suas garagens.
Encomendado por Lennon em 1969, o músico transformou-o num verdadeiro estúdio de gravação rolante para trabalhar enquanto viajava – ainda conserva um rádio Blaupunkt, um gravador Pioneer, um gira-discos Philips-Mignon e altifalantes. Poucos anos depois foi vendido a George Harrison, outro membro dos Beatles, e quando chegou aos Estados Unidos voltou a mudar de mãos ao ser adquirido por Mary Wilson que integrada o grupo The Supremes, onde Diana Ross iniciou a sua carreira.
Nos anos 90, este Mercedes Pullman foi leiloado indo parar ao colecionador finlandês Mikael Borgman que o submeteu a um rigoroso restauro na marca. Voltou a leilão anos mais tarde e agora novamente, encontrando-se à venda através do especialista de clássicos britânico Tom Hartley, que não divulgou o preço.
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Entre 1963 e 1981, a Mercedes-Benz apenas fabricou 429 Pullman além de outros 59 com carroçaria Landaulet, que deixava exposta a segunda parte do tejadilho através de uma capota rebatível, permitindo aos ocupantes detrás viajarem a céu aberto e este exemplar que agora procura um novo proprietário é considerado um modelo raro por ser dos poucos existentes.