Passeio dos Alemães juntou centenas de carros de sonho

| Revista ACP

Gerações de clássicos reuniram-se em mais um Passeio dos Alemães que comemorou os 60 anos do Mercedes “Pagode” e Porsche 911.

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Na concentração do Passeio dos Alemães em frente à Tribuna de Honra do Estádio Nacional, no Jamor, em Lisboa, foi possível observar um parque automóvel de sonho para qualquer entusiasta dos clássicos. Multiplicavam-se os modelos emblemáticos da Mercedes-Benz, Porsche, BMW, Volkswagen, Audi e Opel, entre outras, numa viagem pela história do automóvel enquanto meio de transporte e, sobretudo, como objeto de culto. E, igualmente interessante, era a dispersão de gerações neste Passeio dos Alemães, pois não era raro encontrar pais e filhos, avós e netos, unidos pela cultura dos automóveis de fabrico germânico. Era o caso de João Correia, que tirou a carta de condução em novembro e fez questão de participar no evento do ACP Clássicos acompanhado pelo avô, António Oliveira Loureiro, de 91 anos, que ‘navegava’ um Borgward de 1955. “É uma experiência diferente. É a primeira vez que conduzo o Borgward num evento destes. O meu avô já tem 91 anos e gosta de me passar o carro. Para mim, é uma forma de desfrutar do gosto pelos clássicos e passar tempo com o meu avô”, afirmou.

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Não muito longe, um automóvel raríssimo também concentrava olhares: um impressionante Brabus SL com motor V12 de 7.3 litros, uma das nove unidades construídas pelo conhecido preparador alemão. Ao volante, estava Marta Champalimaud: “Adoro automóveis potentes e raros e andava atrás de um SL 73 AMG V12 quando, de repente, surgiu este Brabus em leilão e não resisti. Só existem nove no mundo. Este tem 2000 km, boa parte já feitos por mim. É um automóvel único e quase indomável, mas é um cruiser que se adequa na perfeição a estes passeios”, referiu a condutora e proprietária.

No Porto, o Passeio dos Alemães também tinha alguns exemplares dos dois modelos que celebram 60 anos desde o seu lançamento: o Mercedes-Benz SL “Pagode” e o Porsche 911. Uma das caras mais conhecidas junto ao Edifício Hoechst, na zona da Boavista, era o recordista de vitórias das 24 Horas TT de Fronteira, Mário Andrade, que repetiu presença no Passeio dos Alemães com um Porsche 993. “Cresci no meio dos carros alemães. O meu pai era fã da Opel, teve um Kapitän, um Rekord e outros. Eu ganhei este bichinho pelos carros e motos. Sou fã da Porsche, tenho este 993 há mais de 20 anos, tenho um Boxter GTS, que é um carro fantástico, tenho o Macan GTS para a família, tive vários BMW ao longo de 25 anos, tive uma BMW GS. Curiosamente, agora tenho à venda um Opel Ascona de competição”, afirmou Mário Andrade, enquanto admirava as relíquias estacionadas na zona de partida, como um Mercedes-Benz SL 300 Cabrio.

Em comum, os grupos do Norte e Sul tiveram o bom tempo e muitos momentos condução, convívio e descoberta dos encantos do território nacional. “Tivemos uma adesão muito grande este ano e o Passeio dos Alemães cresceu consideravelmente face a 2022”, analisou Luís Cunha, responsável do ACP Clássicos. “Quisemos destacar esta efeméride dos 60 anos do Mercedes “Pagode” e do Porsche 911, dois modelos que estiveram muito bem representados no nosso passeio, por entre um parque automóvel diverso e muito interessante. O feedback dos participantes, tanto a norte como a sul, foi bastante positivo, e foi particularmente recompensador ver gerações mais jovens neste Passeio dos Alemães”, concluiu Luís Cunha.

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