Se no ano anterior os Minis foram desclassificados no Rally de Monte Carlo quando a sua vitória já era dada como certa, levantando enorme polémica por alegadas irregularidades nas luzes, 1967 foi o ano da consagração, com Rauno Aaltonen a vencer a prova, naquela que foi a terceira vitória (1964, 1965 e 1967) dos pequenos carros britânicos, consagrando-os nas lista das lendas dos desporto automóvel.
Foi há 50 anos e para celebrar este marco histórico, onde os pequenos "David's" ombrearam com enormes "Golias" (Porsche 911S, Lancia Fulvia 1.3 HF e Renault 8 Gordini), Rauno decidiu celebrar da forma mais apropriada, ou seja, levar de novo um Mini da época para percorrer os 1.250 km de prova por terras do Mónaco, na 20ª edição do Rally de Monte Carlo Histórico, que contou também com partida de Lisboa, organizada pelo ACP, de onde também arrancaram sete Minis portugueses que escoltaram os concorrentes até ao Principado, prestando assim tributo à vitória de Aaltonen. Note-se que Rauno regressa a Monte Carlo já com 79 anos e não deseja nada menos que a vitória.
Para o tentar, Rauno vai conduzir um Mini Cooper S que participou na edição de 1965, preparado pela BMW Group Classic (atual detentora da marca britânica), com a ajuda da Söderqvist Engineering, da Suécia. E a integrar a equipa há outro sueco, o ex-campeão do mundo de ralis (1984) Stig Blomqvist. Para se preparar para a prova e fazer acertos no seu "road-book", Rauno Aaltonen fez todo o percurso num moderno Mini Cooper S Clubman. Aliás, há décadas Aaltonen era conhecido por "Rally Professor", pela forma meticulosa como preparava as provas.