O Rali Dakar 2025 terminou com triunfos inéditos para Yazeed Al-Rajhi nos automóveis e Daniel Sanders nas motos, enquanto os pilotos portugueses alcançaram resultados notáveis.
Nos automóveis o saudita Yazeed Al-Rajhi, aos comandos de uma Toyota Hilux, sagrou-se vencedor na categoria, tornando-se o primeiro piloto da Arábia Saudita a conquistar o Dakar. Al-Rajhi superou o sul-africano Henk Lategan, também com uma Toyota, por 3 minutos e 57 segundos. O terceiro lugar foi conquistado por Mathias Ekström, que conduziu a Ford Raptor com consistência até ao final. O Dacia pilotado por Nasser Al-Attiyah foi o quarto automóvel mais rápido e a fechar o top 5 ficou o piloto brasileiro Lucas Moraes com a sua Toyota Hilux.
Quem também efetuou uma excelente prova desde o primeiro dia foi o piloto ACP João Ferreira. Aos comandos de um Mini T1+, o piloto de Leiria alcançou um impressionante oitavo lugar nesta 47.ª edição do Rali Dakar. Terminou a 2 horas, 15 minutos e 57 segundos de Yazeed Al-Rajhi.
Desde 2015 que nenhum piloto português terminava tão bem classificado no Dakar. João Ferreira terminou a prova com grande satisfação e afirmando: "Saímos da Arábia Saudita felizes com o resultado e seguros de que temos ainda muito para aprender e melhorar para, mais cedo do que tarde, voltarmos a esta prova com ambições de lutar pela vitória."
Reconheceu que esta foi um Dakar especialmente duro "o Dakar mais duro de sempre, especialmente pela forma como a organização preparou o esquema da prova, com duas etapas muito longas". Com este resultado o piloto ACP reforçou a sua posição a nível internacional e promete andar novamente nos lugares frente na próxima edição.
Na categoria Challanger a dupla de Leiria Ricardo Porém/Nuno Sousa não conseguiram terminar a prova devido a graves problemas mecânicos que os afastaram da prova. A dupla apoiada pelo ACP ainda conseguiu de forma engenhosa reparar o carro mas viu-se obrigada a desistir por causa do tempo perdido. Ainda assim conseguiram vencer o prémio espírito Dakar, por todo o sacrifício e esforço que demonstraram. Ainda nos Challanger o português mais rápido foi Gonçalo Guerreiro que terminou em segundo lugar.
Nas motas o australiano Daniel Sanders, com uma KTM, conquistou a vitória na categoria liderando a prova de início ao fim. Esta é a vigésima vitória da KTM no Dakar. A fechar o top 3 ficaram duas Hondas conduzidas por Tosha Schareina e Adrien Van Beveren, respetivamente. O português Rui Gonçalves com a Sherco terminou em 11.º lugar, o seu melhor resultado no Dakar até à data, e António foi obrigado a desistir devido a problemas com a embraiagem que o atrasaram mais de 16 horas.
Esta edição do Dakar destacou-se pela resiliência dos pilotos e pelas conquistas históricas, tanto a nível internacional como para os representantes portugueses.