O Barómetro ACP, JN e TSF revela uma unanimidade na avaliação do carro como o meio de transporte mais seguro e onde existe um menor risco de contaminação pela Covid-19.
Em sentido contrário estão os transportes públicos. O autocarro é visto como o transporte mais inseguro no actual contexto, seguido do metro e do comboio. No norte do País, os receios viram-se para as camionetas, enquanto na Área Metropolitana de Lisboa são os comboios a despertar maior desconfiança face à possibilidade de contágio. A taxa de abandono dos transportes públicos superior a 50%, segundo este Barómetro. Veja-se o caso do autocarro: 83% dos passageiros confessa ter deixado de viajar ou estar a deslocar-se menos de autocarro. E são os jovens dos 18 aos 34 anos que consideram os autocarros mais inseguros.
O reforço do papel do automóvel nos próximos cinco anos vai ser, segundo os inquiridos, vai ser enorme: 69% vão usar o mesmo, mais ou muito mais o automóvel, contra 29% das respostas que prevêem usar menos ou muito menos.
Por apurar ainda estão os efeitos que esta apetência pelo carro deverá ter no mercado, pois, já em ambiente de pandemia, apenas 2% antecipou a compra de um veículo, embora 23% afirme que vai adquirir um num futuro próximo.
Quanto à forma como os portugueses se comportam dentro do carro face aos riscos de contágio quando transportam passageiros, um terço admite viajar de carro com idosos ou pessoas de risco e não utilizar máscara.
No caso das viagens com colegas de trabalho, verifica-se aqui a maior percentagem de utilização de máscara, mas mesmo assim cerca de 1 em cada 4 admite nem sempre usar máscara nestas situações.