O trânsito na frente ribeirinha de Lisboa permanece cortado na Ribeira das Naus, sem qualquer previsão de reabertura, com enorme prejuízo para os automobilistas, moradores e comerciantes da zona. Seria apenas mais um capítulo da cruzada “carros zero” por parte da autarquia, com um enorme atropelo de quem vive na cidade, não fosse a constatação da imobilidade total em mais de seis anos de planos e projetos para a envolvente do Terreiro do Paço.
Em mais de seis anos, a autarquia continua sem ter solução para a comunicação rodoviária entre colinas. Assume falhas de projeto e conceção, falhas na sinalização e, pasme-se, falhas na comunicação das alternativas. Nestas, a Rua do Arsenal e a Rua da Alfândega, qualquer pequeno aumento de tráfego é suficiente para provocar engarrafamentos de horas.
O autor dos experimentalismos na mobilidade lisboeta, o vereador Manuel Salgado, manda fazer mas não se compromete em resolver o problema de fundo: tornar Lisboa uma cidade com mobilidade, onde se possa circular de forma fluída, a pé, de bicicleta, de transporte público e de automóvel.