André Sousa “viajo para conhecer pessoas, não destinos”

| Revista ACP

Antes de partir para estrada para mais uma volta ao mundo, André Sousa falou-nos das suas aventuras.

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Apaixonado pelas viagens de mota, André Sousa é a personificação moderna dos aventureiros de outrora. Por isso mesmo, foi o convidado de mais um podcast ACP no qual revelou alguns detalhes das suas aventuras e as metas para o futuro.

Piloto de velocidade desde os 14 anos, as motos há muito que não tinham segredos para André, mas como nos conta, só durante um intercâmbio no Brasil em 2018 é que decidiu embarcar na sua primeira grande aventura em duas rodas: a volta à América do Sul.

Esta aventura levou-o a percorrer 24 mil quilómetros ao longo de 120 dias aos comandos de uma Honda CG125, uma mota que nos explica foi cedida pela Honda do Brasil para comemorar o fim de produção deste modelo.

Já a razão da escolha de uma mota com apenas 125 cm3 de cilindrada deveu-se ao facto de querer abraçar um desafio que mais ninguém tivesse enfrentado até então.

Terminada esta viagem, André conta-nos que a ambição apenas aumentou, e em 2020 decidiu embarcou numa volta ao mundo em mini-moto, outro feito inédito: “o objetivo sempre foi inspirar. Mentalizei-me de que tinha de conseguir provar que com 20 euros, que era o meu orçamento diário, e uma mini-moto era possível dar a volta ao mundo”.

As peripécias nesta viagem sucederam-se e André Sousa vai revelando muitas delas ao longo da conversa. Entre os episódios que mais o marcaram estão o sismo experienciado na primeira pessoa na Turquia, mas também a receção por parte do presidente de Timor-Leste, Ramos Horta.

Quanto à viagem na qual embarcou a 27 de janeiro, André Sousa começa por afirmar que a escolha da mota utilizada, uma Honda Africa Twin, não foi sua, mas sim do público que escolheu a mota através de uma sondagem nas redes sociais.

Agora e aos comandos da Africa Twin, André Sousa revela que o primeiro objetivo passa por ligar o Polo Sul ao Polo Norte, numa epopeia que o vai levar a percorrer cerca de 50 mil quilómetros. Porém, o jovem aventureiro afirma que não são as paisagens que encontra nas viagens que o levam a embarcar nestas aventuras.

Ao longo de toda a conversa fica claro que são as pessoas com quem se cruza e as amizades que vai fazendo pelo caminho que são o mais gratificante destas aventuras.

 

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Em jeito de conclusão, André afirma: “visito os monumentos por conhecimento, por cultura. Mas o meu grande objetivo é vivenciar experiências e conhecer pessoas. É ter um amigo em cada canto do mundo que me proporciona uma experiência e memórias. De bens materiais a única coisa que sobreviveu da minha viagem foi a moto e uma coluna. O resto foi tudo trocado, porque para mim os bens materiais pouco valiam”.

Foi este espírito que o levou a reforçar que parte para a nova volta ao mundo com a expectativa de reencontrar amigos e conhecer pessoas.

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