Acabado de chegar da sua quinta, e mais bem-sucedida, participação no Rally Dakar, António Maio foi o convidado de mais um podcast ACP, desta vez dedicado à prova de todo-o-terreno mais exigente do mundo.
Quem olhar para o 18º posto alcançado e, principalmente, para o “título” de melhor português nas motos no Dakar 2024, facilmente se esquece de que António Maio é um militar da GNR e não um piloto profissional.
Sim, o seu palmarés conta com oito títulos nacionais e um recorde notável de vitórias na Baja Portalegre em motos. Contudo, e como fez questão de recordar, é um piloto amador e para participar no Rally Dakar teve de recorrer aos seus dias de férias, abdicando de estar com a família.
Segundo o piloto alentejano, a experiência adquirida nas suas anteriores participações no Dakar foi crucial para conseguir o 18º lugar nesta edição. Porém nesta quinta participação, também o apoio do mecânico, Bruno Pires, foi essencial para o bom resultado alcançado.
António Maio explica-nos que o mecânico foi “uma peça fundamental no resultado e no projeto”, pois a Yamaha WR450F Rally é uma máquina “nascida” para estas provas, mas precisa de uma manutenção cuidada e atempada.
Reconhecendo que abrir a pista no primeiro dia de prova o obrigou a um esforço adicional de navegação, António Maio recorda ainda a importância desta no Rally Dakar, reforçando que “é um ponto fulcral, basta um erro para arruinar uma boa etapa”.
Outro fator que, segundo António Maio, aumenta a exigência da prova é a solidão a que os pilotos estão sujeitos, recordando que por vezes acontece disputar toda uma etapa sem se cruzar com qualquer outro piloto.
Quanto ao futuro, o piloto ACP tem como próximo grande objetivo o “Rally Raid Portugal”, a nova prova do Campeonato do Mundo de Rally Raid que decorrerá entre 2 a 7 de abril e tem o ACP como organizador.
Além deste desafio, ainda em 2024 António Maio quer cimentar o seu recorde na Baja Portalegre e alcançar a 9ª vitória na prova bem como aproveitar o Rally de Marrocos para preparar a próxima edição do Rally Dakar. Quanto a uma hipotética participação em provas do campeonato nacional de todo-o-terreno, António Maio admite que está a ser equacionada, mas depende ainda da existência de apoios dos patrocinadores.
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