Bruno Vieira Amaral: “Na estrada devemos pensar nos outros e respeitá-los”

| Revista ACP

Partindo de expressões idiomáticas ligadas ao automóvel, o escritor leva-nos a conhecer as suas origens e o seu percurso de vida.

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Depois de Isabel Stilwell, foi a vez do escritor, crítico literário e tradutor Bruno Vieira Amaral vir ao podcast do ACP para uma conversa que, tendo como base expressões idiomáticas relacionadas com o mundo automóvel, esteve longe de ficar restrita a esse tema.

Um orgulhoso “filho da Margem Sul, Bruno Vieira Amaral afirma que não é “anti-lisboeta”, recordando até que desde os tempos de faculdade que trabalha na capital.

 

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Apesar de reconhecer que o trânsito é um problema em Lisboa, o escritor admite que há muito não se desloca de automóvel para a capital, optando por recorrer aos transportes públicos.

Conhecedor (e até utilizador) da expressão “ganhar a carta na farinha Amparo”, Bruno Vieira Amaral recorda que até os seus filhos se tornaram fãs da peculiar expressão, apesar de não conhecerem inicialmente o seu significado.

Outra expressão idiomática relacionada com o automóvel que o escritor admite usar no dia a dia está relacionada com os condutores que seguem muito devagar.

Apesar de reconhecer que quem vai a “pisar ovos” pode ser exasperante — opinião que partilha com Joana Machado Madeira —, Bruno Vieira Amaral faz questão de ressalvar que também ele já terá sido um desses condutores, relembrando “é provável que tenham uma razão plausível para irem tão devagar”.

Partindo da expressão “caranguejola”, Bruno Vieira Amaral acaba por nos revelar que um dos carros dos quais guarda melhores memórias era, de acordo com a sua descrição, um “chaço” que tinha mais de 200 mil quilómetros quando o comprou.

Carinhosamente apelidado “KITT” numa referência à série televisiva “O Justiceiro”, este carro é descrito pelo escritor como um dos mais fiáveis que teve, levando-o a recordar: “nunca fiquei apeado ou na berma por causa daquele carro”.

Assumidamente supersticioso, Bruno Vieira Amaral admite que não gosta de ser conduzido, mas, segundo ele, não é por viajar no “lugar do morto”, expressão que continua a preferir para designar o “lugar do pendura”.


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